São Paulo - Depois de fechar suas quatro lojas, a Shoestock foi vendida para o Grupo Netshoes , que passa a ser o único detentor da marca brasileira de calçados.
A aquisição , que é a primeira na história do grupo, foi feita por meio do e-commerce de moda Zattini, lançado em dezembro de 2014. A empresa não afirmou o valor da compra.
A Shoestock encontrou dificuldades de manter suas lojas, localizadas em bairros nobres. Com faturamento de 100 milhões de reais em 2011, esse número caiu para 60 milhões de reais no ano passado. A última loja foi fechada em setembro de 2015.
A Zattini irá retomar a produção e comercialização pela internet dos calçados e acessórios da marca, que foi fundada em 1986 e estava presente em São Paulo e Minas Gerais.
“Nosso principal desafio é digitalizar e relançar a marca para o segundo semestre”, afirmou Marcio Kumruian, fundador e CEO do Grupo Netshoes, em nota. A companhia desenvolve ainda uma maneira de manter a experiência física da Shoestock.
Em um ano de operação, a Zattini saltou de 12 mil produtos distribuídos entre 70 marcas para 40 mil artigos de 300 marcas. Em 2015, o e-commerce de moda faturou mais de 100 milhões de reais.
- 1. Menos consumo
1 /10(Divulgação)
São Paulo - O ano de 2015 tem sido difícil para o
varejo , já que os consumidores, com menos dinheiro no bolso e insegurança em relação aos seus empregos, têm gastado bem menos que nos anos anteriores. Como resposta, algumas redes do setor estão tendo de fechar algumas lojas, consideradas pouco rentáveis, ou até se despedir do país de vez. Reunimos algumas das empresas que fizeram isso - até agora. Confira a seguir.
2. Via Varejo 2 /10(Lia Lubambo/EXAME)
As vendas mais fracas fizeram com que a
Via Varejo , empresa de eletroeletrônicos do Grupo Pão de Açúcar, tivesse resultados menores no último trimestre. Por consequência, a companhia anunciou que irá fechar 28 lojas
Ponto Frio e outras 3 da
Casas Bahia , iniciativa que faz parte do seu plano de reestruturação. O processo de fechamento de lojas já havia começado antes. Até julho, a Via Varejo já havia fechado 19 lojas.
3. Shoestock 3 /10(Divulgação/Facebook oficial)
A rede de bolsas, acessórios e sapatos Shoestock
fechou duas de suas quatro lojas neste ano. As lojas de Moema e Vila Olímpia, ambas na Zona Sul da capital, permanecem abertas. As vendas pela web também chegaram ao fim. No site da empresa ficou apenas uma mensagem de agradecimento da marca às clientes.
4. C&A 4 /10(Róger Randerson/Wikimedia Commons)
Em julho foi a vez da C&A fechar duas lojas, uma no shopping Anália Franco, na zona leste de São Paulo, e outra no BarraShoppingSul, em Porto Alegre. Na ocasião, a companhia afirmou que não parou de investir no país, mas passou a focar em ações que trouxessem menos impactos negativos a curto prazo.
5. Kate Spade 5 /10(Astrid Stawiarz/Getty Images)
Depois de cinco anos, a marca Kate Spade se despede do Brasil. A rede anunciou, em agosto, que fechará as lojas, e-commerce e outlet que possuía no país. A decisão, segundo a empresa, faz parte da estratégia global de priorizar a expansão mundial da marca por meio de distribuidores locais. A loja do terminal 3 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, é a única que seguirá aberta, sob administração da Dufry Brasil. A marca promete que, em breve, o e-commerce global atenderá clientes do Brasil.
6. Lanvin! 6 /10(Getty Images)
A marca francesa de luxo fechará, até o final de 2015, as portas da Maison que possui há três anos no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. A decisão foi tomada em função do fim do contrato com a administradora do shopping, justificou a empresa.
7. Makro 7 /10(Divulgação/Makro)
A rede de atacarejo Makro fechou uma loja que funcionava há 16 anos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em 1º de outubro. Em comunicado, a companhia reforça que a decisão é pontual e que a empresa está buscando um espaço para sediar uma nova loja na cidade. O posto de combustível, localizado próximo à loja, permanecerá aberto e terá o seu funcionamento normal. As outras 77 lojas no país serão mantidas.
8. Victor Hugo 8 /10(GettyImages)
A grife de bolsas e acessórios Victor Hugo fechou as portas da sua maior e mais tradicional loja no Brasil – a de Ipanema, no Rio, aberta na década de 70. O aumento do custo fixo do endereço, com os exorbitantes preços de alugueis na capital carioca, e a queda nas vendas foram os motivos.
9. Marisa 9 /10(Wikimedia Commons)
A rede de varejo feminina
Marisa não fechou lojas, mas desistiu de um canal comercial usado por ela desde 2012: o de venda direta, por meio de catálogos. Em comunicado, a empresa afirmou que "a crise econômica enfrentada pelo país, sem precedentes na nossa história recente, foi fator decisivo para descontinuarmos a operação de venda direta". A Marisa esclarece que as operações com venda, troca de mercadorias feitas pelo canal de venda direta serão encerradas no fim de outubro. Informa, por fim, que atenderá às cidades que não possuem lojas físicas com a sua operação online.
10. Veja também: 10 /10(Carl Court/AFP)