A América Latina é um mercado de grande crescimento para os veículos chineses, com 500 mil em 2011 (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2012 às 10h34.
Pequim - O investimento chinês no Uruguai terá um incremento de US$ 150 milhões nos próximos três anos na fabricação de motores de automóveis após a visita do ministro da Indústria, Energia e Mineração, Roberto Kreimerman, à China.
Fontes oficiais uruguaias disseram nesta sexta-feira à Agência Efe que a iniciativa permitirá a criação de mais de 500 empregos locais.
No dia 4 de março, chegará a Montevidéu a presidente da Citic Group, Hong Bo, para analisar as possibilidades do país, inclusive a exploração de minério de ferro voltada a mercados internacionais.
Kreimerman visitou Chongqing, cidade onde está localizada a sede do grupo Lifan, que tem uma fábrica de peças dos modelos Lifan 320 e Lifan 620 em San José, no Uruguai, que exporta majoritariamente para o Brasil e que produzirá motores com o investimento anunciado.
'O Uruguai pode se tornar um polo do setor automotivo, pois também são fabricados motores coreanos, japoneses e franceses, já que o Mercosul permite a exportação com acesso preferencial aos mercados, sempre com conteúdo regional progressivo', destacou.
A América Latina é um mercado de grande crescimento para os veículos chineses, com 500 mil em 2011, principalmente no Brasil, Colômbia, Peru, Argentina e Chile, e com 16 marcas, como Chery, Foton, Great Wall e Geely.
Na China, dezenas de montadoras são controladas por empresas estatais e governos regionais ou locais, que concorrem com os privados.
Em Pequim, o ministro uruguaio convidou a Administração Nacional de Energia da China e a gigante China National Offshore Oil Corp (CNOOC) para participarem da construção de uma usina regasificadora, em cooperação com a Argentina e com custos de 50%, que receberá e distribuirá gás liquidificado da Arroyo Solís Grande.
Montevidéu considerou que a China conta com a tecnologia e apesar de ter sido decidido que a CNOOC não se unirá ao projeto, a possibilidade ficou aberta ao Citic Group (que reúne 44 grandes empresas).
A China é o segundo maior parceiro comercial do Uruguai, com intercâmbios de US$ 3 bilhões, com exportações do país sul-americano de soja, madeira, carne e lã, e compras de automóveis, equipamentos e eletrônica.