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Grupo Accor procura solução para Nafissatou Diallo continuar trabalhando

Camareira que acusou Strauss-Kahn vai continuar atuando na empresa

O Accor ainda não decidiu quando Nafissatou Diallo vai voltar ao trabalho (AFP / Timothy A. Clary)

O Accor ainda não decidiu quando Nafissatou Diallo vai voltar ao trabalho (AFP / Timothy A. Clary)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2011 às 17h07.

Paris - O grupo Accor quer manter em seu quadro de funcionários a camareira Nafissatou Diallo, apesar do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn ter sido absolvido das acusações de agressão sexual pelas quais teve que renunciar de seu cargo.

Segundo informa em seu site nesta segunda-feira o jornal "Le Figaro", os chefes da camareira - que em maio denunciou ter sido estuprada pelo então candidato favorito às próximas eleições presidenciais francesas - estudam "várias soluções" que possibilitem sua reintegração profissional.

"A questão é saber se quer retornar ao trabalho, quando e como. Estamos em contato com seus advogados e esperamos que ela nos informe seus desejos", explicou ao jornal a direção do grupo Accor em Paris.

Nafissatou Diallo, de 32 anos, não deixou de receber seu salário desde que em 14 de maio declarou ter sido estuprada por Strauss-Kahn, de 62 anos, quando entrou em sua suíte de luxo para efetuar a limpeza no hotel Sofitel, em Nova York.

O jornal ressaltou que nem a absolvição de Strauss-Kahn de todas as acusações, nem as descobertas sobre a vida de Nafissatou parecem ter alterado os planos do grupo Accor para o futuro desta "funcionária modelo", como foi descrita pelos responsáveis da companhia no início do caso.

O "Le Figaro" destacou que "não deveria interferir em seu contrato de trabalho" o fato de que o promotor Cyrus Vance tenha considerado sua credibilidade inexistente, dadas as suas inúmeras mentiras, ditas inclusive sob juramento, por exemplo para explicar detalhadamente um estupro anterior cuja existência desmentiu depois.

Por sua vez, os advogados de Strauss-Kahn, Benjamin Brafman e William Taylor, excluíram novamente a possibilidade de um acordo financeiro com Nafissatou para evitar um processo civil, mas não a possibilidade de denunciá-la.

Brafman e Taylor poderiam apresentar uma queixa contra a camareira no julgamento civil "se os ataques de seus advogados se tornarem indignos demais", explicaram ao "Le Journal du Dimanche".

Os advogados também criticaram a direção do Sofitel de Nova York por não ter colaborado com eles "voluntariamente".

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