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Grevistas da Vale Inco ajudam a promover filme de Michael Moore

Cineasta convidou trabalhadores para chamar atenção do público para a greve, que já dura nove semanas

Michael Moore: mais um filme polêmico nos Estados Unidos (--- [])

Michael Moore: mais um filme polêmico nos Estados Unidos (--- [])

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O cineasta norte-americano Michael Moore, autor de documentários como Fahrenheit 9/11, Tiros em Columbine e Roger e Eu, convidou cinco grevistas da mineradora Vale Inco, subsidiária da Vale no Canadá, para o lançamento de seu novo trabalho, Capitalism: A Love Story (Capitalismo: Uma História de Amor, em uma tradução livre), no Festival Internacional de Filmes de Toronto, no último domingo (13/09).

Capitalism: A Love Story traz ao espectador o olhar de Moore sobre o capitalismo, tomando como uma das bases as consequências da crise nos Estados Unidos para os cidadãos. Moore acompanha, por exemplo, casos de mutuários inadimplentes que foram despejados por não pagarem suas hipotecas e histórias sobre a ganância dos bancos e das empresas -- as quais ele chama de "bestas".

Segundo matéria do jornal The New York Times, os trabalhadores foram convidados porque Moore queria chamar a atenção para a greve que eles fazem contra a Vale Inco. Outros trabalhadores esperavam a chegada do cineasta ao Elgin Theater, em Toronto, organizados em um piquete, com diversas placas de protesto.

Paralisados
A greve dos sindicatos dos metalúrgicos no Canadá já dura cerca de nove semanas. Cerca de 3.100 trabalhadores sindicalizados da Vale Inco permanecem fora de atividade, reivindicando aumentos salariais. Para evitar uma queda maior na produção, a empresa, que extraiu cerca de 85 mil toneladas de níquel em 2008, anunciou, em agosto, que treinaria trabalhadores não-sindicalizados para reiniciar algumas atividades enquanto a greve durar.

Por causa do movimento dos trabalhadores, a mineradora Xstrata fechou, na última semana, sua refinadora de cobre no Canadá, por um período que pode chegar a 10 semanas. A decisão foi tomada devido à falta de matéria-prima, intensificada pela greve. A previsão é que alguns empregados fossem dispensados temporariamente, mas a quantidade de pessoas afetadas não foi informada.
 

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