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Greve afeta produção da GM em Gravataí

A fábrica produz aproximadamente 1,2 mil unidades por dia dos modelos Celta, Onix e Prisma, em três turnos de trabalho


	Fábrica da GM: os funcionários reivindicam 12% de reajuste salarial, R$ 4,5 mil de abono e R$ 12 mil de participação nos lucros e resultados (PLR)
 (Aaron Josefczyk/Reuters)

Fábrica da GM: os funcionários reivindicam 12% de reajuste salarial, R$ 4,5 mil de abono e R$ 12 mil de participação nos lucros e resultados (PLR) (Aaron Josefczyk/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2013 às 14h44.

São Paulo - A General Motors entrou na quarta-feira, 24, com ação de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Porto Alegre e uma audiência está marcada para a manhã desta sexta-feira, 25. A medida foi uma resposta à greve iniciada na quarta-feira, 24, na fábrica de Gravataí (RS), que deve prosseguir nesta quinta-feira, 25.

A unidade produz aproximadamente 1,2 mil unidades por dia dos modelos Celta, Onix e Prisma, em três turnos de trabalho. Emprega entre 4 mil e 4,5 mil trabalhadores.

Somando o pessoal das 19 fabricantes de autopeças que atuam no complexo, o número se aproxima de 8 mil metalúrgicos. A greve atinge só o pessoal da linha de montagem da GM.

Os funcionários reivindicam 12% de reajuste salarial, R$ 4,5 mil de abono e R$ 12 mil de participação nos lucros e resultados (PLR). A empresa ofereceu aumento de 8,2%, abono de R$ 2,8 mil e PLR de R$ 8.650.

Os metalúrgicos também querem equiparação do piso salarial com as fábricas do grupo em São Caetano do Sul e São José dos Campos (SP), que é de R$ 1.712.

No Sul, o piso atual é de R$ 1.022. Segundo o diretor administrativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, antes da greve a categoria chegou a avaliar valores menores para reajuste (11%), abono (R$ 3,2 mil) e PLR (R$ 10 mil), mas, diante da falta de acordo, "voltamos para a estaca zero, ou seja, para nossa reivindicação inicial".

A greve paralisou parcialmente a produção na parte da manhã de quarta-feira, 24, pois parcela significativa dos funcionários do primeiro turno entrou para trabalhar, mesmo após ter sido aprovada a greve em assembleia. Já no turno da tarde, a adesão foi de 90%, segundo Ascari.


No início da noite, o pessoal do terceiro turno também aprovou a paralisação. A ideia do sindicato, que é filiado à Força Sindical, era começar a greve com essa turma, que entra à meia noite.

Mas, segundo o sindicalista, havia forte aparato policial nos portões da fábrica - a pedido da empresa -, e não foi possível realizar a assembleia.

Durante todo o dia a polícia esteve no local, mas não houve confrontos, de acordo com Ascari. A estrada que dá acesso ao local teve o trânsito interrompido por várias horas.

Fuga

A GM - assim como outras montadoras que abriram novas fábricas fora de São Paulo no fim dos anos 90 - buscava fugir dos altos salários pagos no Sudeste e do movimento sindical mais organizado. A Volkswagen de São José dos Pinhais (PR), tem enfrentado constantes greves na época de negociar o dissídio coletivo.

Por falta de acordo de flexibilização nas relações trabalhistas, a GM suspendeu novos projetos para a fábrica de São José dos Campos.

Com o fim da produção dos modelos Corsa, Meriva e Zafira em 2012, a empresa dispensou quase mil funcionários. Os produtos substitutos estão sendo produzidos em São Caetano e Gravataí.

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