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Governo italiano emprestará 600 milhões de euros para Alitalia

Três representantes do governo gerenciarão crise na empresa

Alitalia: a decisão foi tomada após o conselho ter "constatado a gravidade da situação econômica, patrimonial e financeira da sociedade" (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

Alitalia: a decisão foi tomada após o conselho ter "constatado a gravidade da situação econômica, patrimonial e financeira da sociedade" (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2017 às 17h23.

Última atualização em 2 de maio de 2017 às 17h36.

O Ministério do Desenvolvimento Econômico (Mise) da Itália anunciou os nomes de Luigi Gubitosi, Enrico Laghi e Stefano Paleari como os três comissários do governo encarregados de resolver a crise financeira na companhia aérea Alitalia, infomou a entidade em nota nesta terça-feira (2).

Segundo fontes ligadas ao governo, Gubitosi será o responsável para gerir a empresa e Laghi será o responsável pelas relações com o governo e da parte jurídica.

Já Paleari foi indicado pelo Ministério dos Transportes e é um especialista em transporte aéreo.

Gubitosi é ex-diretor da emissora italiana "RAI", enquanto Laghi já atuou como comissário extraordinário para o grupo siderúrgico ILVA e Paleari é professor universitário e foi presidente da Human Technopole, a entidade de alta tecnologia criada para o site da Expo 2015.

Além de anunciar os nomes dos comissários, o ministro da Economia, Carlo Calenda, assinou o decreto que permite que a Alitalia atue com uma administração extraordinária conforme prevê a lei italiana.

Após o anúncio, o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, afirmou que o "o governo interveio não apenas por um pedido explícito da assembleia de sócios", mas também porque isso "é um ato de responsabilidade de quem deve assegurar serviços fundamentais".

A fala refere-se à aprovação por unanimidade o procedimento de convocação de um comissário do governo para gerir a empresa conforme previsto pela lei italiana.

A decisão foi tomada após o conselho ter "constatado a gravidade da situação econômica, patrimonial e financeira da sociedade, da ausência do apoio dos sócios e da impraticabilidade, em curto prazo, de soluções alternativas".

O pedido também tem a ver com o fato dos funcionários terem rejeitado em plebiscito um plano de recuperação da companhia, que previa a demissão de 980 funcionários em troca de um investimento de dois bilhões de euros.

"Deve estar claro que os objetivos que inspiram essa decisão são para assegurar um ponte de continuidade através de um empréstimo oneroso e são aquelas para responder às exigências de continuidade e manutenção de um patrimônio, mas certamente não aqueles de imaginar uma possibilidade de nacionalização", destacou ainda Gentiloni.

Já o ministro Calenda anunciou que será feito um "empréstimo ponte" de 600 milhões de euros pelos próximos seis meses para gerir a crise econômica. 

Este conteúdo foi publicado originalmente no site da ANSA.

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