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Google tem US$ 30 bilhões para aquisições fora dos EUA

Segundo carta aos reguladores, companhia está mantendo uma grande parte do seu dinheiro fora dos EUA para poder utilizar em possíveis aquisições

Tela aberta na página do Google: segundo carta, companhia precisa do dinheiro para fazer acordos porque a concorrência no exterior está aumentando (Philippe Huguen/AFP)
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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2014 às 17h57.

San Francisco - A Google está mantendo uma grande parte do seu dinheiro fora dos EUA para poder utilizar até US$ 30 bilhões em possíveis aquisições , disse a empresa em uma carta aos reguladores.

A proprietária do principal motor de pesquisa web gera aproximadamente a metade da sua renda no exterior e evita os pagamentos dos impostos dos EUA mantendo os lucros fora desse país.

A Google precisa do dinheiro para fazer acordos porque a concorrência no exterior está aumentando, de acordo com uma carta do dia 20 de dezembro enviada à Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos EUA, que foi apresentada ontem como parte de uma correspondência com a agência sobre a divulgação de informações.

“Ainda esperamos um uso substancial dos nossos lucros no exterior para realizar aquisições porque nossos negócios internacionais estenderam-se a outras ofertas de produtos, como os aparelhos móveis”, de acordo com a carta.

“É razoável prever que a Google precisa de aproximadamente US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões dos lucros no exterior para financiar potenciais aquisições de objetivos estrangeiros e de direitos de tecnologia estrangeira de objetivos nos EUA em 2013 e depois”.

A Google, embora tenha enfrentado críticas por manter o dinheiro parado no exterior, vem aprimorando suas atividades de negócio.

Um exemplo é a compra por US$ 3,2 bilhões, no início deste ano, da fabricante de termostato digital Nest Labs, com sede em Palo Alto, Califórnia.

A empresa também realizou diversas compras menores, que beneficiaram a publicidade, os serviços na nuvem e os negócios de tecnologia móvel da Google.

“Nos últimos anos realizamos aquisições significativas, a magnitude individual de cada negócio foi aumentando nos anos mais recentes e a tendência é que isso provavelmente continue acontecendo nos próximos anos”, disse na carta a empresa com sede em Mountain View, Califórnia.

A carta foi uma resposta a uma pergunta da SEC sobre os planos de reinvestimento dos lucros estrangeiros.

Repatriamento de fundos

As maiores empresas com sede nos EUA adicionaram US$ 206 bilhões a suas pilhas de lucros no exterior no ano passado, de acordo com documentos sobre valores de 307 corporações revisados pela Bloomberg News.

No fim do ano passado, US$ 33,6 bilhões dos US$ 58,7 bilhões da Google em valor de caixa, equivalentes de caixa e títulos comercializáveis eram mantidos por suas subsidiárias estrangeiras.

“Se esses fundos forem necessários para as nossas operações nos EUA teríamos que acrescentar e pagar os impostos dos EUA para repatriar esses fundos”, disse a empresa em documento de fevereiro.

“No entanto, nossa intenção é reinvestir permanentemente esses fundos fora dos EUA e nossos planos atuais não mostram a necessidade de repatriá-los para financiar as nossas operações nos EUA”.

Além das aquisições, a empresa vê outros usos para os lucros no exterior, como gastos de capital de US$ 2 bilhões a US$ 4 bilhões. Isso inclui centros de processamento de dados e outras operações.

A empresa também necessita de US$ 12 bilhões a US$ 14 bilhões para um acordo de compartilhamento de custos de pesquisa e desenvolvimento, de acordo com a carta.

Perguntas de divulgação

O registro de ontem foi parte de uma correspondência entre a SEC e a Google, que começou no ano passado, relacionada a perguntas sobre divulgação de informações no relatório anual de 2012 da empresa.

A SEC pressionou para obter mais informações sobre publicidade, tecnologia móvel e rendas.

A empresa terminou dizendo que revelaria mais informações sobre as atividades de publicidade.

No mês passado, o diretor-financeiro Patrick Pichette disse que a Google iria detalhar os preços de anúncios – e a quantidade de cliques que receberam – para os sites da Google e os de seus parceiros de rede.

A aquisição mais cara da história do Google ocorreu em agosto de 2011 com a compra da Motorola Mobility por US$ 12,5 bilhões. A empresa é uma das principais fabricantes de dispositivos Android e se tornou uma negociação estratégica para o Google. Em 2013 foram lançados os primeiros aparelhos da marca sob os cuidados do Google: Moto X e Moto G.
  • 2. DoubleClick

    2 /7(Getty Images)

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    Em 2008 o Google concluiu as negociações para a aquisição da DoubleClick – o anúncio de intenção de negócios ocorreu no ano anterior, mas as empresas tiveram que esperar aprovações dos órgãos reguladores. Essa era a aquisição de maior valor do Google antes da compra da parte da Motorola. O negócio foi fechado por 3,1 bilhões de dólares. A aquisição lançou o Google no negócio de publicidade de display.
  • 3. Applied Semantics

    3 /7(Reprodução)

  • O Google comprou a Applied Semantics em abril de 2003 por US$ 102 milhões, considerada uma das aquisições mais importantes para a empresa. A Applied Semantics construiu o AdSense - a plataforma de busca publicitária paga que ainda é responsável pela maior parte da receita e lucros do Google.
  • 4. YouTube

    4 /7(Getty Images)

    A compra do YouTube em 2006 por US$ 1,65 bilhões surpreendeu o mundo por se tratar de uma pequena empresa que vinha sendo questionada por questões de direitos autorais. Mas nada disso impediu Eric Schmidt, então CEO do Google, a dar continuidade à aquisição e ainda afirmar que o YouTube era o próximo passo na evolução da internet. De fato, Schmidt não estava de todo errado.
  • 5. Blogger

    5 /7(Flickr.com/yhassy)

    Em fevereiro de 2003 o Google comprou a Pyra Labs, criadora do Blogger, uma ferramenta para a criação de blogs. A empresa não informou os termos do negócio.
  • 6. Picasa

    6 /7(Reprodução)

    O Picasa era um projeto do Idealab, uma incubadora que tinha outros produtos como NetZero, Overture e PetSmart.com. Adquirida em 2004, alguns dias antes da IPO do Google, a ferramenta virtual de gerenciamento de imagens se tornou uma das principais opções online para os usuários, tendo como concorrente o Flickr.
  • 7. Veja também os melhores jogos e apps para Android de 2013, segundo o Google

    7 /7(Divulgação)

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