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Henry Couto, do Google for Startups: gerente de programas afirma que foco da vez são empresas mais estruturadas
Repórter
Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 10h00.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2025 às 13h14.
O Google for Startups está dobrando sua aposta na inteligência artificial (IA). A 2ª edição do AI Academy, programa que capacita startups no uso de IA e aprendizado de máquina ("machine learning"), começa em fevereiro com um grupo de empresas mais maduras.
Segundo Henry Couto, gerente de programas do Google for Startups, um dos critérios de seleção foi escolher startups que já tivessem projetos em andamento. "Não somos nós que criamos, são elas que trazem o problema ou desafio, e trabalhamos juntos para aprimorar a solução", diz.
A Gupy, startup de recursos humanos, volta ao Google for Startups pela terceira vez. A veterana é considerada "queridinha" por ser uma das maiores histórias de sucesso dos programas da gigante: a empresa, que hoje é "top of mind" quando se fala em recrutamento e seleção, começou no campus do Google, assim que o prédio do programa de startups foi aberto em São Paulo.
Ela vai dividir a 'sala de aula' ao lado de nomes como Nomad, Conta Simples e Azos. Estas empresas já passaram por outras iniciativas do Google, e agora veem no AI Academy uma oportunidade de desenvolver especificamente projetos de inteligência artificial.
"Depois das 10 semanas de workshops e mentorias, as startups terão mais seis meses de acompanhamento para garantir a aplicação real da tecnologia", afirma Couto.
O programa do Google for Startups com foco em inteligência artificial reúne fintechs, insurtechs e mais. Veja um resumo de cada uma:
A grande mudança deste ano foi o perfil das startups selecionadas. Em 2024, a mediana do número de funcionários das participantes era de 27,5. Agora, subiu para 326. O volume médio de investimentos também disparou, de R$ 813 mil para R$ 48 milhões.
"Vimos que startups mais estruturadas conseguem aproveitar melhor o programa", explica Couto, citando que essas empresas costumam já ter um time dedicado para o projeto e também trabalham com soluções do Google Cloud.
Com essa nova edição, o Google quer transformar o conhecimento em impacto real. "A teoria já está na internet. O que a gente quer é que as startups saiam do programa com a IA funcionando dentro dos seus negócios", finaliza.