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Gol quer ocupar seus aviões ao máximo

A companhia está colhendo resultados de uma estratégia lançada no meio da crise, de aumentar a eficiência de suas aeronaves

Avião da Gol (Sergio Moraes/Reuters)

Karin Salomão

Publicado em 8 de novembro de 2017 às 18h24.

Última atualização em 8 de novembro de 2017 às 20h06.

São Paulo - Depois de anos com prejuízo, a Gol Linhas Aéreas apresentou mais um trimestre consecutivo de lucro. A companhia teve lucro líquido de 328 milhões de reais no trimestre, contra prejuízo de 900 mil reais no mesmo período do ano passado.

A Gol está colhendo resultados de uma estratégia lançada no meio da crise, de aumentar a eficiência de suas aeronaves.

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Ela reduziu o número de aviões em operação de 144 para 120 em 2016 e deve este terminar o ano com 115 aviões em operação, além dos subarrendados. Atualmente, ela tem 4 aviões sendo utilizados por uma companhia aérea parceira na Europa. Dessa forma, ela cobre os custos daquele avião, ao mesmo tempo em que adapta o tamanho de sua frota à baixa demanda.

Apesar do número de aviões da companhia continuar o mesmo de um ano para o outro, a Gol transportou 8,3 milhões de passageiros no terceiro trimestre do ano, aumento de 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Ela conseguiu transportar mais passageiros com o mesmo número de aviões ao aumentar a taxa de utilização por aeronaves, ou o tempo que o avião passa no ar ou taxeando, para  12,3 horas por dia, 7,4% a mais que no ano passado. O número de voos por dia foi de 694 no trimestre, 9% a mais que no trimestre anterior e alta de 2% em relação ao ano passado.

O preço das passagens também impulsionou o resultado da companhia. O Yeld, ou preço médio pago por passageiro por quilômetro voado, aumentou 8,6% no trimestre. No acumulado do ano, a alta foi menor, de 1,8%. A tarifa média foi de R$288.

Depois de reajustar frota, malha aérea e oferta de voos, a empresa se prepara para voltar a crescer. De 2018 a 2027, a empresa tem 120 pedidos de novas aeronaves 737 800 Max, aviões mais eficientes no uso de combustível. Desses, 5 chegarão já em 2018.

A aérea prevê aumentar os voos para o exterior, com a modernização da frota. Como as novas aeronaves têm uma capacidade de voo melhor e são mais eficientes, elas podem ser usadas para o mercado internacional, como América do Sul e América Central.

A empresa também terá um novo hub em Fortaleza. O Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, será o centro de conexões de voos no Nordeste das companhias Air France, KLM e Gol a partir de maio de 2018.

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