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Globo faz dança das cadeiras em meio a reestruturação

Com lugar cativo entre as maiores empresas do país em faturamento, Globo enfrenta o desafio de continuar a monetizar seu conteúdo em tempos de consumo digital

Globo: empresa reformulou a marca gráfica das divisões e lançou ao público a campanha "Uma só Globo" (Globo/Divulgação)

Victor Sena

Publicado em 18 de novembro de 2021 às 15h00.

Última atualização em 19 de novembro de 2021 às 08h26.

O ano de 2021 foi de reestruturação para a Globo . A empresa decidiu reforçar que é uma marca só, unificando as divisões Globosat, dos sites da Globo.com, da Som Livre, do Globo Play e da própria TV aberta.

Com isso, a empresa reformulou a marca gráfica das divisões e lançou ao público a campanha "Uma só Globo". Além de uma comunicação mais objetiva das marcas, a ideia é alcançar eficiência e simplificação em processos. Para isso, a empresa contou com a consultoria Accenture.

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Em outubro, a empresa anunciou também a entrada de Paulo Marinho na presidência. Paulo, que é neto do fundador Roberto Marinho, vai assumir o comando em fevereiro, no lugar de Jorge Nobrega.

Nesta quinta-feira, a Globo fez mais anúncios. A empresa vai fazer uma dança das cadeiras como consequência da entrada de Paulo.

A diretoria de canais da Globo que concentrava todos os canais lineares e afiliadas deixará de existir. Agora, esse segmento irá para dentro das responsabilidades de Amauri Soares, hoje à frente da TV Globo. Antes, ele era comandado pelo próprio Paulo Marinho desde 2020.

Erick Bretas, atual diretor de Produtos e Serviços Digitais, área responsável pela gestão do Globoplay, passará a liderar também os Canais por Assinatura, Negócios Internacionais, a Globo Filmes e a VIU Hub (social media).

Pedro Garcia, diretor de Aquisição e Governança de Direitos, vai incorporar a área de Ciclo de Vida de Conteúdos, que cuida da circulação estratégica dos conteúdos entre as diferentes janelas e plataformas.

Os três executivos vão formar, ao lado de Manzar Feres, que comanda a publicidade, uma das três divisões que dão a nova cara para o organograma da empresa. Na Globo, essas divisões são chamadas de boards.

Amauri, Erick, Pedro e Mazar fazem parte da divisão Centros de Resultado, que representam camadas de interação com os consumidores e anunciantes. As outras duas divisões são: Operações Core e Gestão Corporativa.

Na Operações Core estão as tradicionais diretorias de jornalismo, já comandadas por Ali Kamel, os Estúdios Globo, comandados por Ricardo Waddington, e o setor de Esporte, comandado por Renato Ribeiro.

Na terceira divisão, de Gestão, estão as diretorias administrativas.

Com lugar cativo entre as maiores empresas do país em faturamento, como mostra o ranking MELHORES E MAIORES da EXAME neste ano, a Globo enfrenta o desafio de continuar a monetizar seu conteúdo em tempos de consumo digital. Em 2019, a receita da empresa foi de 14 bilhões de reais, e em 2020 caiu para 12,5 bilhões.

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