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Gigante de contêineres alerta para gargalos em 2022

As negociações com trabalhadores portuários nos EUA podem interferir nas operações

Santos Brasil (STBP3) distribuirá R$ 326 milhões em dividendos em setembro (Germano Lüders/Exame)
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Bloomberg

Publicado em 12 de novembro de 2021 às 14h15.

A Hapag-Lloyd alertou que a crise de transporte global de contêineres pode se estender até o ano que vem em meio a negociações trabalhistas, questões ambientais e condições climáticas adversas que podem dificultar o fluxo de mercadorias.

A expectativa do mercado de que os problemas tendem a diminuir com o alívio da pandemia em 2022 pode ser muito otimista, disse Rolf Habben Jansen, diretor-presidente da quinta maior transportadora de contêineres do mundo.

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As negociações com trabalhadores portuários nos EUA podem interferir nas operações, enquanto novas regras em elaboração pela Organização Marítima Internacional vão reduzir a capacidade do mercado. Além disso, os eventos climáticos extremos estão aumentando, disse Jansen. Também é difícil saber até quando vai durar o atual boom de demanda.

“As previsões para o próximo ano foram as mais difíceis que já tivemos de fazer”, disse o CEO em entrevista na sexta-feira. “A principal incógnita é se o mercado vai melhorar e o que vai acontecer com a demanda.”

As cadeias de suprimento globais foram abaladas pela turbulência causada pela Covid-19, com atrasos nos embarques e congestionamentos nos portos, o que provocou o atraso de contêineres. Esses fatores aumentaram os prazos de entrega de diversos produtos, como eletroeletrônicos, autopeças, aço e alumínio. As taxas de frete dispararam.

A Hapag-Lloyd disse que o congestionamento da infraestrutura portuária e do interior relacionado aos altos volumes de contêineres e medidas contra a Covid atingem diversas regiões, como América do Norte, Ásia e Europa. A empresa de Hamburgo aumentou as vendas em 70% nos primeiros nove meses de 2021 em comparação com o ano anterior.

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