Mulheres: o estudo não é tão claro em relação ao motivo pelo qual as mulheres CEOs produzem melhores resultados (Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2017 às 17h14.
Oslo - O maior banco da Escandinávia já estudou quase 11.000 empresas de capital aberto em todo o mundo e os resultados são claros como cristal: as firmas comandadas por mulheres mostram desempenhos muito superiores aos do mercado.
São “resultados sólidos”, disse Robert Naess, que gerencia US$ 42 bilhões em ações no Nordea Bank e projetou o estudo, por telefone nesta segunda-feira.
A análise do Nordea mostra que as empresas que no fim do ano calendário eram administradas por mulheres (como CEO ou como presidente do Conselho de Administração) passaram a superar o índice de referência nos 12 meses seguintes.
Mais especificamente, as empresas lideradas por mulheres deram retorno de 25 por cento ao ano desde 2009, mais do que o dobro dos 11 por cento entregues pelo MSCI World Index, com base em ponderações iguais.
“É possível obter um retorno melhor dessa forma”, disse Naess. “Este efeito certamente pode ser permanente.”
O estudo não é tão claro em relação ao motivo pelo qual as mulheres CEOs produzem melhores resultados. Naess sugere que as mulheres tendem a ser mais conservadoras em suas previsões, o que deixa mais espaço para surpresas positivas.
Naess também afirma que o fato de apenas as mulheres mais capacitadas conseguirem chegar ao topo faz com que tenham mais calibre do que muitos CEOs do sexo masculino.
A Nordea não se limita apenas a divulgar o argumento da diversidade. Naess também pretende que os fundos que ele gerencia reflitam a lógica do estudo.
O Nordea Global Stable Equity Fund, que deu retorno de 14 por cento ao ano na última meia década, está ligeiramente acima em relação a empresas comandadas por mulheres, disse Naess.
“Ao analisar uma empresa, uma líder do sexo feminino será um fator positivo na análise total”, disse ele.