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GDF Suez pode construir térmicas a gás na BA e MA

Objetivo é monetizar sua possível futura produção do insumo nas Bacias do Recôncavo (BA) e Parnaíba (MA)

Torre de energia elétrica de usina da GDF Suez: a gigante francesa ganhou pela primeira vez a concessão de blocos exploratórios em licitação da ANP (Carla Gottgens/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 08h39.

Rio - A GDF Suez, controladora da Tractebel Energia, estuda construir um polo de térmicas a gás natural na Bahia ou no Maranhão para monetizar sua possível futura produção do insumo nas Bacias do Recôncavo (BA) e Parnaíba (MA).

"Vamos adequar ao que temos de expectativa em volume de gás. Seriam termelétricas de 350 MW a 600 MW, módulos que serão acrescentados", explicou o presidente da GDF Suez Brasil, Maurício Bähr.

Novembro marcou o ingresso da GDF Suez no setor de exploração e produção (E&P) no Brasil. No início do mês, a companhia firmou acordo com a Vale para a compra da participação de 20% em dois blocos na Bacia do Parnaíba.

No fim do mês, a gigante francesa ganhou pela primeira vez a concessão de blocos exploratórios em licitação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A empresa levou seis blocos no Recôncavo na 12ª Rodada, em parceria com a Petrobras (40%), a Ouro Preto Óleo e Gás (35%) e a Cowan Petróleo e Gás (35%) - a GDF Suez detém 25%.

Há quase dois anos, a companhia trouxe especialistas da França para estudar as bacias brasileiras junto com a equipe de geólogos no Brasil. Nesse meio tempo, definiu alguns parâmetros que nortearam sua estratégia de investimento para o setor.


"A primeira delas foi a de não entrar sozinho nos leilões, ou seja, sempre com parceiros. A segunda, a de tentar buscar gás onshore, para monetiza-lo a partir das térmicas. Depois, priorizamos as bacias que, do nosso ponto de vista, pudessem ter a existência de gás mais no curto prazo", explicou o executivo.

Pesou a favor também do Recôncavo baiano o fato de a região dispor de uma boa infraestrutura para o escoamento da futura produção. O local é um dos grandes produtores de gás do Brasil. Tal condição ainda não existe em outras bacias ofertadas pela ANP na 12ªRodada, como as do Acre e Parecis.

"Nos EUA, essa indústria se desenvolveu por causa da infraestrutura. No Brasil, essa infraestrutura não está presente em todos os lugares. Isso acabou sendo um fator importante", comentou.

Para Bähr, os investimentos em E&P no País representam uma nova etapa da GDF Suez no Brasil e, por consequência, da Tractebel, maior geradora privada brasileira. O executivo disse que, nos últimos anos, o grupo tem se destacado pelos aportes em hidrelétricas e eólicas. Agora, a empresa abre perspectiva para expandir o seu parque gerador por meio de térmicas a gás.

"Não achamos que há um malefício em gerar a gás e acreditamos que o Brasil precisa de mais termelétricas", avaliou o executivo, em referência ao fato de que o País está perdendo a sua capacidade de armazenar água para os momentos críticos por não construir usinas com reservatório.


Para que a estratégia da GDF Suez seja bem sucedida, Bähr defendeu mudanças na participação das térmicas nos leilões de energia. Entre os pontos a serem revistos estão a competição entre todas as fontes em uma mesma licitação e a exigência de obter contratos de compra de gás com certificados de reservas válidos pelo período de venda da energia na concorrência, hoje de 25 anos.

"Esse modelo de leilão é bom, mas precisa ser aprimorado", afirmou.

O modelo de negócio para esses primeiros investimentos em gás em ainda não está totalmente fechado. Em tese, a GDF Suez teria direito a apenas 25% do futuro gás a ser produzido no Recôncavo e 20% no Parnaíba.

O executivo, porém, não descartou um acerto entre os sócios para decidir como transformar em caixa o gás que for encontrado. "Quando acharmos o insumo, vamos sentar para discutir a melhor forma (de monetizar a reserva)", disse.

Com isso, haveria a possibilidade de que os sócios da GDF Suez na parte de E&P também participassem dos investimentos na construção das termelétricas com a companhia. "Não descarto isso. É um potencial também", afirmou.

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"Vamos adequar ao que temos de expectativa em volume de gás. Seriam termelétricas de 350 MW a 600 MW, módulos que serão acrescentados", explicou o presidente da GDF Suez Brasil, Maurício Bähr.

Novembro marcou o ingresso da GDF Suez no setor de exploração e produção (E&P) no Brasil. No início do mês, a companhia firmou acordo com a Vale para a compra da participação de 20% em dois blocos na Bacia do Parnaíba.

No fim do mês, a gigante francesa ganhou pela primeira vez a concessão de blocos exploratórios em licitação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A empresa levou seis blocos no Recôncavo na 12ª Rodada, em parceria com a Petrobras (40%), a Ouro Preto Óleo e Gás (35%) e a Cowan Petróleo e Gás (35%) - a GDF Suez detém 25%.

Há quase dois anos, a companhia trouxe especialistas da França para estudar as bacias brasileiras junto com a equipe de geólogos no Brasil. Nesse meio tempo, definiu alguns parâmetros que nortearam sua estratégia de investimento para o setor.


"A primeira delas foi a de não entrar sozinho nos leilões, ou seja, sempre com parceiros. A segunda, a de tentar buscar gás onshore, para monetiza-lo a partir das térmicas. Depois, priorizamos as bacias que, do nosso ponto de vista, pudessem ter a existência de gás mais no curto prazo", explicou o executivo.

Pesou a favor também do Recôncavo baiano o fato de a região dispor de uma boa infraestrutura para o escoamento da futura produção. O local é um dos grandes produtores de gás do Brasil. Tal condição ainda não existe em outras bacias ofertadas pela ANP na 12ªRodada, como as do Acre e Parecis.

"Nos EUA, essa indústria se desenvolveu por causa da infraestrutura. No Brasil, essa infraestrutura não está presente em todos os lugares. Isso acabou sendo um fator importante", comentou.

Para Bähr, os investimentos em E&P no País representam uma nova etapa da GDF Suez no Brasil e, por consequência, da Tractebel, maior geradora privada brasileira. O executivo disse que, nos últimos anos, o grupo tem se destacado pelos aportes em hidrelétricas e eólicas. Agora, a empresa abre perspectiva para expandir o seu parque gerador por meio de térmicas a gás.

"Não achamos que há um malefício em gerar a gás e acreditamos que o Brasil precisa de mais termelétricas", avaliou o executivo, em referência ao fato de que o País está perdendo a sua capacidade de armazenar água para os momentos críticos por não construir usinas com reservatório.


Para que a estratégia da GDF Suez seja bem sucedida, Bähr defendeu mudanças na participação das térmicas nos leilões de energia. Entre os pontos a serem revistos estão a competição entre todas as fontes em uma mesma licitação e a exigência de obter contratos de compra de gás com certificados de reservas válidos pelo período de venda da energia na concorrência, hoje de 25 anos.

"Esse modelo de leilão é bom, mas precisa ser aprimorado", afirmou.

O modelo de negócio para esses primeiros investimentos em gás em ainda não está totalmente fechado. Em tese, a GDF Suez teria direito a apenas 25% do futuro gás a ser produzido no Recôncavo e 20% no Parnaíba.

O executivo, porém, não descartou um acerto entre os sócios para decidir como transformar em caixa o gás que for encontrado. "Quando acharmos o insumo, vamos sentar para discutir a melhor forma (de monetizar a reserva)", disse.

Com isso, haveria a possibilidade de que os sócios da GDF Suez na parte de E&P também participassem dos investimentos na construção das termelétricas com a companhia. "Não descarto isso. É um potencial também", afirmou.

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