Gávea quer controle do Fleury, mas está atrás do dinheiro
Segundo reportagem do Estadão, gestora estaria conversando com fundos soberanos para levantar cerca de R$ 1 bilhão
Daniela Barbosa
Publicado em 16 de abril de 2014 às 08h45.
São Paulo – Não é nenhuma novidade que a Gávea Investimentos , fundada por Armínio Fraga, tem interesse em comprar o controle do Fleury , mas a gestora estaria tentando levantar recursos para dar andamento na operação.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, desta quarta-feira, a Gávea está conversando com fundos soberanos para conseguir cerca de 1 bilhão de reais e fechar a aquisição .
Ainda de acordo com a reportagem, a gestora já teria conversado com dois fundos estrangeiros: Temasek, de Cingapura, e Abu Dhabi Investment Authority (Adia), de Abu Dhabi.
No mês passado, o Fleury informou que seu controlador indireto, a Core Participações, iniciou negociações exclusivas com a Gávea Investimentos para a venda total de sua participação acionária direta e indireta na companhia, que soma mais de 40$ das ações da companhia.
A Gávea já detém 30% do laboratório Hermes Pardini, de Minas Gerais.
Em outubro, a brasileira Oi e a Portugal Telecom anunciaram fusão de suas operações.
A Portugal Telecom era principal acionista da Oi, com mais de 20% de participação na companhia brasileira.
Juntas, as duas empresas terão faturamento aproximado de 40 bilhões de reais.
Em novembro, a Petrobras confirmou a venda de 100% de sua subsidiária integral Petrobras Energia Peru para a China National Petroleum Corporation (CNPC).
Em junho, o JBS comprou as operações da Seara Brasil, que pertenciam ao Marfrig.
O JBS é o maior grupo de carnes do mundo.
Em abril, a rede Kroton Educacional fechou um acordo para incorporar as operações da Anhanguera Educacional.
A operação ainda aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
A Energisa comprou as operações do Grupo Rede.
Com a aquisição, a Energisa, um dos principais grupos de distribuição de energia do país, mais que duplicou o número de distribuidoras no Brasil.
Em outubro, a Mubadala e Trafigura compraram 65% de participação na MMX Porto Sudeste, que pertencia ao empresário Eike Batista.
Em agosto do ano passado, a Coca-Cola Femsa, parceria entre a Coca-Cola e a varejista mexicana e engarrafadora Femsa, anunciou a compra de 100% da brasileira Spaipa. O acordo representou mais um passo da companhia na consolidação no Sistema Coca-Cola Brasil, segundo uma nota divulgada pela empresa na época.
No fim de 2013, a Diagnósticos da América (Dasa) anunciou oferta pública de ações (OPA) da empresa pela Cromossomo, sociedade controlada por Edson de Godoy Bueno e Dulce Pugliese de Godoy Bueno, maiores acionistas da rede de laboratórios.
Com a operação, a Cromossomo Participações adquiriu um total de 48,35% do capital da Dasa.
A Petrobras vendeu para a Shell sua participação de 35% no projeto offshore Parque das Conchas (BC-10).
Em junho, a Petrobras e o Banco BTG Pactual anunciaram parceria para exploração e produção de óleo e gás na África.