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Gastos com saúde estão em 2º lugar nas empresas

Despesas com planos de saúde só ficam atrás da folha de pagamento

Mesmo sabendo a importância de ter alimentação saudável e praticar exercícios, maus hábitos têm sido difíceis de combater (.)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2010 às 10h49.

São Paulo - O grande investimento feito pelas empresas em planos de saúde para funcionários precisa ser repensado. É o que defende o médico e presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), Alberto Ogata.

Segundo ele, depois da folha de pagamento, os planos de saúde estão em primeiro lugar entre os gastos das empresas, mas o trabalhador não está ficando mais saudável. "A população está envelhecendo, as pessoas continuam comendo mal, estão sedentárias e obesas", explica.

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Com foco nesta questão, Ogata, que também é diretor adjunto do Comitê de Responsabilidade Social (Cores) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) vai mediar amanhã (06) um encontro entre empresários e especialistas para debater estratégias competitivas para a gestão da saúde.

Para o médico, as empresas precisam entender que plano de saúde não é um fator ligado apenas ao setor financeiro, mas a estratégias de crescimento. "A companhia só pensa nas estratégias para melhorar os planos de saúde e a qualidade de vida do trabalhador quando ele já está doente. E nós, da indústria, precisamos manter o indivíduo saudável sempre", completa.

Dados apresentados pelo médico indicam que, para cada fator prejudicial à saúde, como estresse, obesidade e sedentarismo, a produtividade do trabalhador diminui cerca de 2%. Segundo Ogata, o estilo de vida dos empregados é preocupante.

"O cenário é assim: o sujeito trabalha muito e fica exausto. Assim, no final do dia, muitos deles bebem álcool em excesso ou comem demais e de forma errada, não ingerem a quantidade de frutas, legumes e verduras exigida. Depois disso, ainda assistem três ou mais horas de TV", relata.

Essa rotina nada saudável é difícil de ser quebrada e, para Ogata, mesmo ações empresariais voltadas para conscientizar o trabalhador sobre a importância de uma vida saudável, como ginástica laboral e palestras educativas, são muito pontuais e pouco eficazes.

Segundo ele, as companhias ainda não encaram a saúde como estratégia, não estabelecem metas, não mensuram resultados e, com isso, podem perder em produtividade. É esse o desafio que o debate da FIESP propõe: pensar novos modelos de planos de saúde e saídas estratégicas para que empresa e trabalhador saiam ganhando.

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