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GAP responde à pichação racista em peça publicitária

Anúncio da empresa, estampado por modelo que usava turbante e barba, foi pichado com termos que faziam referência ao terrorismo, em Nova York

Gap: companhia entrou em contato com usuário do Twitter para identificar o local onde peça publicitária havia sido pichada (Divulgação)

Luísa Melo

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 08h17.

São Paulo -  Em um claro sinal de preocupação com transparência e reputação, a marca norte-americana Gap respondeu prontamente a um internauta que postou uma foto de uma campanha publiciária da companhia que havia sido pichada com termos racistas , em Nova York.

O anúncio, mostrava um modelo sikh ao lado de uma típica garota norte-americana. O sihkismo é uma religião indiana cujos seguidores têm sido vítimas de crimes de ódio contra muçulmanos por causa do uso de turbantes. No cartaz, que dizia "Make love" (faça amor), a palavra "love" foi riscada e substituída pela palavra "bombs" (bombas). Abaixo, ainda foi escrita a frase "stop driving taxis" (parem de dirigir táxis).

A foto da peça pichada, feita no distrito do Bronx, foi publicada no Twitter e no Instagram por Arsalan Iftikahr, um escritor que tenta dar voz a muçulmanos não radicais, no último dia 25. O autor do clique é o fotógrafo Robert Gerhardt. Em um artigo para o The Daily Beast, ele disse que divulgou a imagem para "tentar criar uma agitação na mídia social e uma conscientização geral".

Na postagem em seu perfil no Twitter (@TheMuslimGuy) - que significa "o cara muçulmano" e é também o nome de seu site -, Iftikhar não marcou a Gap, mas ainda assim foi respondido pela empresa. A marca respondeu: "Olá. Obrigado por nos informar. Você poderia nos seguir e enviar uma DM (mensagem direta) para nós? Gostaríamos de saber a localização disso". A marca também colocou a foto da campanha como fundo de sua página oficial na rede social.

No artigo ao Daily Beast, o muçulmano elogiou a conduta da companhia, dizendo que empresas como a Gap fazem um grande trabalho ao criar caminhos para que modelos de moda que pertencem a minorias possam desafiar a "tradicional noção de beleza" norte americana. Ele ainda afirmou que  gostaria de "viver em uma América onde um modelo de moda possa ser um elegante cara marrom de barba e turbante que é considerado tão bonito quanto uma garota loira e peituda em lingerie transparente".

Na quarta-feira, a Gap entrou em contato com outro usuário do Twitter que informou outra pichação racista na mesma propaganda. Desta vez, na testa do modelo, estava escrito "Bin Laden". Do mesmo modo, a empresa respondeu: "obrigado por nos avisar. Nós estamos trabalhando para consertar isso".

O modelo em questão, que estampa a campanha "Make Love", da Gap, é o designer e ator Waris Ahluwalia. Ele já até mesmo estrelou filme de Hollywood. Em seu perfil pessoal no Facebook, ele fez um comentário sobre ocorrido com o anúncio. Na publicação, acima de uma foto de um sikh ele escreveu: "certifiquem-se de agradecer a esses incríveis motoristas de táxis que levam vocês aos lugares. Eles deixam suas terras natais para perseguir o sonho americano. Eles trabalham duro para sobreviver e sustentar as suas famílias".

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São Paulo -  Em um claro sinal de preocupação com transparência e reputação, a marca norte-americana Gap respondeu prontamente a um internauta que postou uma foto de uma campanha publiciária da companhia que havia sido pichada com termos racistas , em Nova York.

O anúncio, mostrava um modelo sikh ao lado de uma típica garota norte-americana. O sihkismo é uma religião indiana cujos seguidores têm sido vítimas de crimes de ódio contra muçulmanos por causa do uso de turbantes. No cartaz, que dizia "Make love" (faça amor), a palavra "love" foi riscada e substituída pela palavra "bombs" (bombas). Abaixo, ainda foi escrita a frase "stop driving taxis" (parem de dirigir táxis).

A foto da peça pichada, feita no distrito do Bronx, foi publicada no Twitter e no Instagram por Arsalan Iftikahr, um escritor que tenta dar voz a muçulmanos não radicais, no último dia 25. O autor do clique é o fotógrafo Robert Gerhardt. Em um artigo para o The Daily Beast, ele disse que divulgou a imagem para "tentar criar uma agitação na mídia social e uma conscientização geral".

Na postagem em seu perfil no Twitter (@TheMuslimGuy) - que significa "o cara muçulmano" e é também o nome de seu site -, Iftikhar não marcou a Gap, mas ainda assim foi respondido pela empresa. A marca respondeu: "Olá. Obrigado por nos informar. Você poderia nos seguir e enviar uma DM (mensagem direta) para nós? Gostaríamos de saber a localização disso". A marca também colocou a foto da campanha como fundo de sua página oficial na rede social.

No artigo ao Daily Beast, o muçulmano elogiou a conduta da companhia, dizendo que empresas como a Gap fazem um grande trabalho ao criar caminhos para que modelos de moda que pertencem a minorias possam desafiar a "tradicional noção de beleza" norte americana. Ele ainda afirmou que  gostaria de "viver em uma América onde um modelo de moda possa ser um elegante cara marrom de barba e turbante que é considerado tão bonito quanto uma garota loira e peituda em lingerie transparente".

Na quarta-feira, a Gap entrou em contato com outro usuário do Twitter que informou outra pichação racista na mesma propaganda. Desta vez, na testa do modelo, estava escrito "Bin Laden". Do mesmo modo, a empresa respondeu: "obrigado por nos avisar. Nós estamos trabalhando para consertar isso".

O modelo em questão, que estampa a campanha "Make Love", da Gap, é o designer e ator Waris Ahluwalia. Ele já até mesmo estrelou filme de Hollywood. Em seu perfil pessoal no Facebook, ele fez um comentário sobre ocorrido com o anúncio. Na publicação, acima de uma foto de um sikh ele escreveu: "certifiquem-se de agradecer a esses incríveis motoristas de táxis que levam vocês aos lugares. Eles deixam suas terras natais para perseguir o sonho americano. Eles trabalham duro para sobreviver e sustentar as suas famílias".

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