Negócios

Galvani dobra produção na Bahia em meio à crise de fertilizantes

Embora a expansão tenha sido planejada antes do início da atual crise no setor, o aumento da produção será uma notícia bem-vinda para os agricultores que encontram dificuldades para comprar os insumos

Atualmente, quase 30% da área produtiva recebe manejo com bioprodutos
 (Getty Image/Getty Images)

Atualmente, quase 30% da área produtiva recebe manejo com bioprodutos (Getty Image/Getty Images)

B

Bloomberg

Publicado em 10 de maio de 2022 às 11h00.

Por Tatiana Freitas, Bloomberg

A empresa brasileira de fertilizantes Galvani está aumentando a produção à medida que o país luta pelos insumos atualmente difíceis de adquirir.

A empresa dobrará a produção de fertilizantes fosfatados em sua planta em Luis Eduardo Magalhães, na Bahia, para 1,2 milhão de toneladas em dois anos, disse o presidente-executivo Marcos Stelzer em entrevista. Embora a expansão tenha sido planejada antes do início da atual crise no setor, o aumento da produção será uma notícia bem-vinda para os agricultores que encontram dificuldades para comprar os insumos de que precisam em um mercado global desequilibrado.

O Brasil importa atualmente cerca de 85% de sua demanda de fertilizantes e 75% de seu uso de fosfato. Com a invasão da Ucrânia pela Rússia fazendo os preços dispararem, o governo brasileiro tem buscado fornecedores alternativos do Canadá ao Irã; caso contrário, corre-se o risco de reduzir o uso de fertilizantes, o que pode diminuir a produtividade agrícola e contribuir para o aumento dos preços dos alimentos em todo o mundo.

Além da unidade em Luis Eduardo Magalhães, a Galvani também é parceira de um projeto de fertilizantes em fase inicial no Nordeste, classificado como estratégico pelo governo federal. Conhecido como Santa Quitéria, o projeto de fosfato e urânio está aguardando as licenças ambientais e de operação para prosseguir, disse o executivo.

Se colocado em operação, o projeto Santa Quitéria introduzirá uma produção adicional de 1,05 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados por ano. Juntos, os projetos aumentarão a produção de fertilizantes da Galvani para 2,2 milhões de toneladas em 2026, de 600.000 toneladas em 2021. Isso representaria mais de um terço da produção atual de fosfatados do país.

LEIA TAMBÉM: 

Falta de fertilizantes em 2023? Grandes empresas dizem que caos continua

Nutrien abre vagas para jovens agrônomos em 4 estados

Acompanhe tudo sobre:BahiaFertilizantes

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia