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Gafisa espera lançamentos entre R$1,5 bi e R$1,7 bi em 2014

Construtora busca reduzir a dívida e aumentar a rentabilidade nos próximos meses

Gafisa: controle de custos e despesas será fortalecido para reduzir a necessidade de financiamentos (Germano Luders)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 13h16.

São Paulo - A construtora e incorporadora Gafisa planeja controlar despesas e lançamentos de projetos em 2014, conforme busca reduzir a dívida e aumentar a rentabilidade nos próximos meses, disseram executivos nesta quarta-feira.

Assim, a unidade Gafisa voltada para empreendimentos de média renda lançará de 1,5 bilhão a 1,7 bilhão de reais em novos projetos em 2014, enquanto a unidade Tenda, para imóveis de baixa renda, terá de 600 milhões a 800 milhões de reais em projetos.

As estimativas estão abaixo do total de 2,7 bilhões de reais neste ano, disseram executivos em evento para investidores.

As ações da Gafisa encerraram o pregão desta quarta-feira em alta de 6,29 por cento, cotadas a 3,72 reais.

A Gafisa iniciou um estratégia de recuperação em outubro de 2011 depois de uma rápida expansão em mercados ainda não experimentados que levou a custos muito elevados, cancelamento de vendas e grandes prejuízos trimestrais. Desde então, a companhia reduziu despesas e suspendeu temporariamente os lançamentos da Tenda para se focar na venda de estoques.

A dívida líquida provavelmente ficará entre 55 e 65 por cento do patrimônio líquido no próximo ano, queda ante os 126 por cento registrados no fim de setembro, disse o presidente-executivo da empresa, Duilio Calciolari, durante o evento.

A companhia utilizará os recursos da venda de participação de 70 por cento da unidade Alphaville neste ano para pagar dívidas perto de vencer, dividendos não recorrentes a acionistas e recomprar ações.

"Nós determinamos que nossa alavancagem tinha fugido de controle devido a questões operacionais, não é uma questão de disciplina financeira", disse Calciolari.


Ele acrescentou que o controle de despesas será reforçado. "Agora a disciplina a financeira continua, mas o controle operacional vai junto com ele."

TENDA É UMA "START-UP"

A Tenda retomou os lançamentos no início deste ano com um novo modelo de negócio sob o qual a pré-venda só pode ser reservada se os financiamentos forem capazes de ser transferidos para instituições financeiras.

"Vemos a Tenda como basicamente uma start-up (empresa iniciante) agora", disse Rodrigo Osmo, diretor da unidade. "É um momento em que ela precisa provar o seu modelo de negócio." Osmo disse que a maioria dos antigos projetos não lucrativos devem ser entregues até meados de 2014, e que o tamanho ideal da empresa deve ser de mais de 1 bilhão de reais em lançamentos anuais.

Calciolari disse que a empresa espera alcançar retorno combinado sobre o capital empregado - um medidor de eficiência financeira - entre 14 por cento e 16 por cento em suas unidades da Gafisa e da Tenda em cerca de três anos.

Atualizado 20/12/2013 às 14h15

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São Paulo - A construtora e incorporadora Gafisa planeja controlar despesas e lançamentos de projetos em 2014, conforme busca reduzir a dívida e aumentar a rentabilidade nos próximos meses, disseram executivos nesta quarta-feira.

Assim, a unidade Gafisa voltada para empreendimentos de média renda lançará de 1,5 bilhão a 1,7 bilhão de reais em novos projetos em 2014, enquanto a unidade Tenda, para imóveis de baixa renda, terá de 600 milhões a 800 milhões de reais em projetos.

As estimativas estão abaixo do total de 2,7 bilhões de reais neste ano, disseram executivos em evento para investidores.

As ações da Gafisa encerraram o pregão desta quarta-feira em alta de 6,29 por cento, cotadas a 3,72 reais.

A Gafisa iniciou um estratégia de recuperação em outubro de 2011 depois de uma rápida expansão em mercados ainda não experimentados que levou a custos muito elevados, cancelamento de vendas e grandes prejuízos trimestrais. Desde então, a companhia reduziu despesas e suspendeu temporariamente os lançamentos da Tenda para se focar na venda de estoques.

A dívida líquida provavelmente ficará entre 55 e 65 por cento do patrimônio líquido no próximo ano, queda ante os 126 por cento registrados no fim de setembro, disse o presidente-executivo da empresa, Duilio Calciolari, durante o evento.

A companhia utilizará os recursos da venda de participação de 70 por cento da unidade Alphaville neste ano para pagar dívidas perto de vencer, dividendos não recorrentes a acionistas e recomprar ações.

"Nós determinamos que nossa alavancagem tinha fugido de controle devido a questões operacionais, não é uma questão de disciplina financeira", disse Calciolari.


Ele acrescentou que o controle de despesas será reforçado. "Agora a disciplina a financeira continua, mas o controle operacional vai junto com ele."

TENDA É UMA "START-UP"

A Tenda retomou os lançamentos no início deste ano com um novo modelo de negócio sob o qual a pré-venda só pode ser reservada se os financiamentos forem capazes de ser transferidos para instituições financeiras.

"Vemos a Tenda como basicamente uma start-up (empresa iniciante) agora", disse Rodrigo Osmo, diretor da unidade. "É um momento em que ela precisa provar o seu modelo de negócio." Osmo disse que a maioria dos antigos projetos não lucrativos devem ser entregues até meados de 2014, e que o tamanho ideal da empresa deve ser de mais de 1 bilhão de reais em lançamentos anuais.

Calciolari disse que a empresa espera alcançar retorno combinado sobre o capital empregado - um medidor de eficiência financeira - entre 14 por cento e 16 por cento em suas unidades da Gafisa e da Tenda em cerca de três anos.

Atualizado 20/12/2013 às 14h15

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