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Fusões em telecom dos EUA esfriam vendas de fornecedores

Operadoras de telecomunicações estão adiando gastos até que a poeira assente em várias grandes fusões


	Celulares da Samsung à venda em uma loja da AT&T em Manhattan Beach, na Califórnia
 (Patrick T. Fallon/Bloomberg)

Celulares da Samsung à venda em uma loja da AT&T em Manhattan Beach, na Califórnia (Patrick T. Fallon/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 17h24.

Fabricantes norte-americanas de equipamentos de rede estão se preparando para crescimento mais lento de receita no segundo semestre, com operadoras de telecomunicações adiando gastos até que a poeira assente em várias grandes fusões.

As gigantes das telecomunicações AT&T e Sprint querem tempo para decidir atualizar redes existentes e implantar redes 4G, levando fabricantes de equipamentos a cortar expectativas para a segunda metade do ano.

Na semana passada, Ciena e Finisar juntaram-se ao grupo que prevê um trimestre fraco, citando atrasos ao fechar vendas para clientes na América do Norte. Analistas dizem que a desaceleração pode durar até três trimestres.

A AT&T deve comprar a DirecTV por 48,5 bilhões de dólares. A Deutsche Telekom está buscando compradores para a T-Mobile, após o colapso da venda para a Sprint -- por sua vez comprada em 2013 pela japonesa Softbank.

"Quando as operações acontecem, as operadoras passam por fusões, normalmente os fornecedores experimentam uma pausa", disse Simon Leopold, analista da Raymond James.

A maior parte dos afetados pela desaceleração nas encomendas será os fabricantes de equipamentos de rede com maior exposição ao negócio de telecomunicações, como Ciena, Juniper Networks e JDS Uniphase.

Outros, incluindo a F5 Networks, foram poupados do impacto da desaceleração nos gastos de telecomunicações à medida que grande parte de suas receitas vem de clientes corporativos, que ainda estão gastando para melhorar suas redes e protegê-las de hackers.

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