Nos primeiros sete meses de 2005 foram realizadas 213 operações de fusão e aquisição no país, 37% mais que os 155 negócios realizados em mesmo período do ano passado. O número foi apurado pela Ernst & Young. "Trata-se de um indicador claro de que a atual instabilidade política não está inibindo investimentos produtivos", diz Fábio Marinho de Araújo, gerente sênior da área de fusões e aquisições da consultoria.

Das 43 transações fechadas em julho, 40% envolveram o ingresso de investidores estrangeiros. Os americanos induziram 12% das fusões e aquisições registradas no mês passado (leia reportagem do Portal EXAME sobre os investimentos americanos no exterior).

Segundo Araújo, as empresas estão recorrendo às aquisições para dar conta das necessidades de ganho de escala e de reposicionamento estratégico em seus setores.

Setores

Com 30 operações realizadas de janeiro a julho deste ano (14% do total), o setor financeiro lidera o ranking por quantidade de fusões e aquisições no período. Logo em seguida, vêm alimentos e bebidas, com 25 transações, e varejo e bens de consumo, com 24.

Segundo a Ernst & Young, ainda há espaço no varejo para a redução do número de competidores. "Os principais concorrentes continuarão confirmando presença nos disputados leilões de redes de médio porte fora dos grandes eixos", afirma Araújo.