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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
O bom momento da economia, em 2004, contribuiu para que as empresas desengavetassem acordos que estavam paralisados. Além disso, atraiu um maior interesse de estrangeiros em efetuar investimentos produtivos no país. O resultado, conforme a consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC), é um crescimento de 15% no total de fusões e aquisições neste ano, que terminará com 385 operações.
A retomada dos negócios foi mais intensa no segundo semestre, segundo a PwC, quando se confirmaram os primeiros sinais de que a economia cresceria em 2004. Este ano também foi marcado pelo aumento do número de grandes acordos. Conforme a PwC, foram realizados 38 negócios acima de 100 milhões de dólares, contra 22 no ano passado e 26 em 2002.
Adquirir o controle de uma companhia continuou sendo o objetivo da maioria das transações. Em 2004, 53% dos 385 acordos realizados envolveram a compra do controle de uma empresa por outra. No ano passado, a porcentagem foi de 56%. A aquisição de uma participação minoritária baixou de 22% para 19% entre 2003 e 2004. Já a realização de joint ventures (parcerias) cresceu de 15% para 22%, estimuladas pelos leilões públicos na área de energia.
Estrangeiros e fundos de investimento
Conforme a PwC, o aumento do número de negócios esteve atrelado ao retorno dos investidores estrangeiros ao país. A preferência desse grupo recaiu sobre as fusões e aquisições, das quais participaram em 43% dos negócios. É a melhor taxa desde 2001, quando os estrangeiros estiveram presentes em 46% dos acordos do gênero.
A consultoria também destacou o retorno dos fundos de private equity ao Brasil. Entre os exemplos, a PwC citou a aquisição do controle da Cremer pelo Merrill Lynch Global Private Equity, por 102 milhões de reais, e a assunção do controle da J.Maluceli Seguradora pelo Advent International por 30 milhões de dólares.