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Fusão entre Nestlé-Garoto deve ser vetada também pela Justiça, diz Cade

Órgão antitruste reitera que decisão de proibir a união das companhias foi correta

Chocolate amargo: fusão é um dos mais antigos casos pendentes no Cade (Getty Images)

Chocolate amargo: fusão é um dos mais antigos casos pendentes no Cade (Getty Images)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 24 de agosto de 2011 às 18h17.

São Paulo - Já se passaram mais de sete anos desde que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vetou a fusão entre Nestlé e Garoto. O caso foi parar na Justiça e espera agora a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) para saber se  será aprovado, vetado, ou ainda reavaliado pelo Cade.

De acordo com nota divulgada nesta quarta-feira pelo órgão antitruste, a Justiça deverá sustentar a posição do Cade e reprovar a operação. "A decisão deste Conselho foi correta e respaldada pelas exigências antitrustes da época do julgamento", disse o comunicado.

Existe a chance, no entanto, que a operação novamente seja revista pelo Cade. Ainda de acordo com a nota, caso o reavaliação seja mesmo necessária, na ocasião, o Conselho adotará providências cabíveis.

Há quase dez anos, a Nestlé anunciou a compra da Garoto pela cifra milionária de 566 milhões de dólares. Em 2004, o Cade vetou a operação e determinou que a Nestlé fosse vendida a um concorrente. Com o posicionamento, o processo foi parar na Justiça e, desde 2005, aguarda uma definição.

A fusão entre as duas companhias é um dos casos mais antigos e complicados já julgados pelo órgão antitruste, isso porque, em alguns mercados, as duas empresas juntas somam mais 65% de participação de mercado.     
 

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