Fusão de Sadia e Perdigão cria gigante do setor de alimentos
No ano passado, a BRF registrou um lucro líquido de 23 bilhões de reais, sendo uma das maiores exportadoras em nível mundial de aves
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2011 às 23h28.
São Paulo- A fusão das empresas Sadia e Perdigão foi aprovada nesta quarta-feira pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), criando a gigante do setor de alimentos Brasil Foods (BRF), uma das maiores empresas do ramo no mundo, informou o organismo.
Depois de uma longa discussão, desde que a operação foi anunciada em maio de 2009, o Cade comunicou que aprovou por maioria (quatro votos a favor e um contra) a fusão, com alguns requisitos que salvaguardarão a concorrência no setor em nível local e permitirão a participação do grupo no mercado internacional.
"Por maioria declaro aprovada a operação entre Sadia e Perdigão", anunciou o presidente do Cade, Olavo Zago Chinaglia, no fim da sessão na qual o organismo responsável pela concorrência no Brasil avaliou a operação.
Como requisitos, o Conselho condicionou a operação à eliminação da marca Perdigão por três ou cinco anos, dependendo do setor, exclusivamente no mercado interno, e a proibição de criação de novas marcas por parte da sociedade resultante da fusão.
Os conselheiros do Cade acreditam que, com este acordo, conseguiu uma separação das firmas no mercado interno e externo, que permite a entrada de novas empresas competidoras ao nível local.
"A supressão da marca premium (Perdigão) abrirá espaço para que marcas menores entrem no mercado", avaliou Chinaglia.
"Ficamos tranquilos de que tenha sido possível preservar a capacidade de exportação sem deixar de lado (...) a proteção do consumidor brasileiro e as garantias de competitividade nos distintos mercados nacionais", assinalou em sua apresentação o conselheiro Paulo Veríssimo.
A BRF Brasil Foods, que atualmente é a razão social da Perdigão, foi criada depois da associação entre a Perdigão e a Sadia, anunciada em maio de 2009.
Pelo acordo, também está previsto que sejam vendidas dez fábricas, quatro matadouros, doze granjas, quatro fábricas de ração e oito centros de distribuição.
No ano passado, a BRF registrou um lucro líquido de 23 bilhões de reais (13,073 bilhões de dólares ao câmbio médio de 2010), sendo uma das maiores exportadoras em nível mundial de aves, segundo a firma que conta com 113.000 empregados no Brasil.
Sadia e Perdigão dominaram 57% do mercado brasileiro da carne industrializada, 69% dos congelados de carne, 82% das massas prontas e 78% das pizzas congeladas, segundo dados da BRF.
A associação entre a Perdigão, fundada em 1934, e a Sadia, criada em 1944, as duas no estado de Santa Catarina, foi frustrada em duas ocasiões: em 2002, quando fracassou a criação de uma empresa comercializadora de exportações, e em 2006, quando a Perdigão rejeitou a oferta da Sadia.
A Perdigão, que conta com 40 unidades industriais, produz derivados e congelados de carne, lácteos, massas prontas, tortas, pizzas, vegetais congelados e outros.
A Sadia, com 18 unidades industriais, também fabrica derivados e congelados de carne, além de fiambre, margarina e doces.
São Paulo- A fusão das empresas Sadia e Perdigão foi aprovada nesta quarta-feira pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), criando a gigante do setor de alimentos Brasil Foods (BRF), uma das maiores empresas do ramo no mundo, informou o organismo.
Depois de uma longa discussão, desde que a operação foi anunciada em maio de 2009, o Cade comunicou que aprovou por maioria (quatro votos a favor e um contra) a fusão, com alguns requisitos que salvaguardarão a concorrência no setor em nível local e permitirão a participação do grupo no mercado internacional.
"Por maioria declaro aprovada a operação entre Sadia e Perdigão", anunciou o presidente do Cade, Olavo Zago Chinaglia, no fim da sessão na qual o organismo responsável pela concorrência no Brasil avaliou a operação.
Como requisitos, o Conselho condicionou a operação à eliminação da marca Perdigão por três ou cinco anos, dependendo do setor, exclusivamente no mercado interno, e a proibição de criação de novas marcas por parte da sociedade resultante da fusão.
Os conselheiros do Cade acreditam que, com este acordo, conseguiu uma separação das firmas no mercado interno e externo, que permite a entrada de novas empresas competidoras ao nível local.
"A supressão da marca premium (Perdigão) abrirá espaço para que marcas menores entrem no mercado", avaliou Chinaglia.
"Ficamos tranquilos de que tenha sido possível preservar a capacidade de exportação sem deixar de lado (...) a proteção do consumidor brasileiro e as garantias de competitividade nos distintos mercados nacionais", assinalou em sua apresentação o conselheiro Paulo Veríssimo.
A BRF Brasil Foods, que atualmente é a razão social da Perdigão, foi criada depois da associação entre a Perdigão e a Sadia, anunciada em maio de 2009.
Pelo acordo, também está previsto que sejam vendidas dez fábricas, quatro matadouros, doze granjas, quatro fábricas de ração e oito centros de distribuição.
No ano passado, a BRF registrou um lucro líquido de 23 bilhões de reais (13,073 bilhões de dólares ao câmbio médio de 2010), sendo uma das maiores exportadoras em nível mundial de aves, segundo a firma que conta com 113.000 empregados no Brasil.
Sadia e Perdigão dominaram 57% do mercado brasileiro da carne industrializada, 69% dos congelados de carne, 82% das massas prontas e 78% das pizzas congeladas, segundo dados da BRF.
A associação entre a Perdigão, fundada em 1934, e a Sadia, criada em 1944, as duas no estado de Santa Catarina, foi frustrada em duas ocasiões: em 2002, quando fracassou a criação de uma empresa comercializadora de exportações, e em 2006, quando a Perdigão rejeitou a oferta da Sadia.
A Perdigão, que conta com 40 unidades industriais, produz derivados e congelados de carne, lácteos, massas prontas, tortas, pizzas, vegetais congelados e outros.
A Sadia, com 18 unidades industriais, também fabrica derivados e congelados de carne, além de fiambre, margarina e doces.