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Fundadores da Imbra vão processar o fundo GP

São Paulo - Fundadores e donos de 22% da Imbra, os médicos Fernando Soares e Rodrigo Martins vão processar seu antigo sócio, o fundo de investimentos GP, por descumprimento do acordo de acionistas e suposta má gestão na empresa de implantes dentários. Ontem, pela segunda vez, eles convocaram uma assembleia de acionistas para a próxima […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - Fundadores e donos de 22% da Imbra, os médicos Fernando Soares e Rodrigo Martins vão processar seu antigo sócio, o fundo de investimentos GP, por descumprimento do acordo de acionistas e suposta má gestão na empresa de implantes dentários. Ontem, pela segunda vez, eles convocaram uma assembleia de acionistas para a próxima semana para deliberar sobre o assunto. O edital foi publicado no Diário Oficial da União, como exige a Lei das S/A. Caso os novos controladores - o Grupo Arbeit - não apoiem a decisão, Soares e Martins vão à Justiça sozinhos.

No mês passado, apenas 20 meses depois de ter assumido o controle da Imbra, a GP vendeu 78% da empresa pelo valor simbólico de US$ 1 para o grupo Arbeit. Os fundadores dizem que foram duplamente surpreendidos pela notícia. "Só soubemos da venda pelos jornais. Eles descumpriram regras básicas do acordo de acionistas. Nós devíamos ser avisados antes. Além disso, tínhamos direito de preferência na compra dessas ações", afirma Soares, de 30 anos, que criou a Imbra com um ex-colega da turma de Medicina da USP.

A outra surpresa foi o valor do negócio. Em outubro de 2008, a GP pagou US$ 140 milhões pelo controle da Imbra. "Como a empresa perdeu tanto valor em tão pouco tempo?", questiona Soares. "Nós entregamos uma empresa com caixa e eles venderam a empresa endividada." Na ocasião da venda, fontes ligadas ao negócio disseram que a GP tentou adotar sua fórmula de gestão, baseada em meritocracia e corte de custos, mas teria tido dificuldades em enfrentar um mercado pulverizado e, muitas vezes, informal. Mais: o momento da aquisição, às vésperas da crise financeira mundial, foi ruim. Em nota, o GP informou que "as acusações não procedem, que a companhia sempre foi administrada de forma regular e diligente e reitera que cumpre rigorosamente suas obrigações em todos os seus negócios". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 

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