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Funcionários da Varig admitem corte de 2.900 vagas

Essa foi uma das propostas apresentadas durante a audiência pública que ocorreu nesta terça-feira, no Congresso, para discutir o futuro da empresa aérea

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

Terminou no início da tarde desta terça-feira a primeira de uma série de audiências públicas que irão discutir o futuro da Varig no Congresso Nacional. O objetivo foi ouvir todas as partes envolvidas na crise da companhia aérea - desde representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac e do Banco  Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) até presidentes de sindicatos. O relatório final será apresentado pelos senadores ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Não existe unanimidade entre senadores e deputados sobre a ajuda do governo à empresa. Alguns se declararam favoráveis - como o senador Sibá Machado (PT-AC). Ele defendeu a participação do BNDES na recuperação da Varig.  Segundo o senador, os funcionários também devem participar da busca de soluções. "Uma intervenção na administração da empresa tem de  ser feita. Acho que o governo deve apontar para a solução do problema com a participação dos funcionários na negociação", diz.

O coordenador dos trabalhadores do Grupo Varig, Márcio Marsillac, que também participou da audiência, disse que os funcionários estão dispostos a aceitar um corte de 2.900 postos. O plano de recuperação da empresa prevê, ainda, que os empregados remanescentes abram mão de 30% de seus salários. No depoimento, ele pediu pressa e uma ação pró-ativa do governo, argumentando que a demora poderá complicar seriamente o quadro atual. O fluxo de caixa da empresa está em situação crítica, sobretudo agora, com a queda sazonal da demanda.

Sobre a intervenção estatal nas contas da Varig, Marisllac contemporizou. Disse que o dinheiro do governo não será necessário, mas que nem por isso o Executivo deverá ficar de fora das negociações. Ele fez questão de lembrar, por exemplo, que a empresa aérea já chegou a operar vôos deficitários para a África apenas para atender interesses diplomáticos brasileiros. No entanto, ele admitiu que houve má gestão na empresa.

O diretor-geral da Anac, Milton Sérgio Zuanazzi, contestou as críticas ao Poder Executivo. Segundo ele, o apoio existe  e não é de agora: já era presente em outros governos. "Do contrário, o desfecho da situação da empresa teria sido outro".

A próxima audiência está marcada para semana que vem, dessa vez com a presença da ministra-chefe  da Casa Civil, Dilma Roussef.

(Com informações da Agência Brasil e da Agência Senado)

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