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Funcionários da GM encerram greve após acordo

Os trabalhadores da montadora voltaram ao trabalho na manhã desta quinta-feira

Funcionário da GM: a empresa garantiu estabilidade para os colaboradores que serão colocados em lay-off (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 10h38.

São Paulo - Após quatro dias de paralisação, funcionários da General Motors ( GM ) da fábrica de São José dos Campos (SP) encerraram a greve e voltaram ao trabalho na manhã desta quinta-feira, 26.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, trabalhadores e montadora chegaram a um acordo na noite de ontem, após a empresa garantir estabilidade para os colaboradores que serão colocados em lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho). Procurada pelo Broadcast, a GM ainda não se pronunciou sobre o assunto.

O presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, explicou que o acordo proposto pela empresa prevê que 650 trabalhadores da fábrica de São José entrarão em lay-off a partir do próximo dia 9 de março e terão estabilidade de três mês após esse período.

Segundo ele, a montadora se comprometeu ainda em não descontar os dias parados, que deverão ser compensados posteriormente.

"A empresa assumiu ainda o compromisso de não haver nenhuma retaliação nem punição aos grevistas", acrescentou.

A reunião entre o sindicato e a GM ocorreu no fim da tarde de ontem, em um hotel na cidade de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo.

A proposta da empresa foi aprovada pelos trabalhadores durante assembleia no início da manhã desta quinta-feira e, com isso, os funcionários da manhã já retornaram à produção.

De acordo com Macapá, outra assembleia será realizada no início da tarde, com os colaboradores daquele turno.

"Foi uma vitória dos trabalhadores", comemorou o dirigente sindical.

O acordo entre a GM e os trabalhadores deverá ser homologado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas, onde a GM tinha ajuizado uma ação de dissídio coletivo contra a greve.

Na última terça-feira, chegou a haver uma reunião de conciliação, que acabou sem acordo, após a empresa recusar proposta do tribunal e do Ministério Público do Trabalho (MPT) de colocar 798 trabalhadores em lay-off por cinco meses, com estabilidade de 90 dias.

Com o acordo, o processo não irá mais a julgamento pelo pleno da corte.

Histórico

A greve dos trabalhadores da GM de São José dos Campos foi deflagrada na última sexta-feira (20), em protesto contra uma proposta da empresa de colocar cerca de 800 trabalhadores em lay-off por dois meses, sem garantia de emprego.

Com exceção de ontem, os funcionários permaneceram de braços cruzados dentro da fábrica em todos os dias durante o expediente.

A paralisação chegou a afetar a produção na unidade da GM de São Caetano do Sul (SP), para onde a fábrica de São José fornece motores, peças e transmissão.

Apesar do fim da greve, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos diz que os trabalhadores continuarão mobilizados para pressionar o governo federal a editar uma Medida Provisória (MP) que garanta estabilidade no emprego a funcionários de empresas que recebem benefícios fiscais, como as montadoras.

O sindicato pede, inclusive, uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para debater o assunto.

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São Paulo - Após quatro dias de paralisação, funcionários da General Motors ( GM ) da fábrica de São José dos Campos (SP) encerraram a greve e voltaram ao trabalho na manhã desta quinta-feira, 26.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, trabalhadores e montadora chegaram a um acordo na noite de ontem, após a empresa garantir estabilidade para os colaboradores que serão colocados em lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho). Procurada pelo Broadcast, a GM ainda não se pronunciou sobre o assunto.

O presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, explicou que o acordo proposto pela empresa prevê que 650 trabalhadores da fábrica de São José entrarão em lay-off a partir do próximo dia 9 de março e terão estabilidade de três mês após esse período.

Segundo ele, a montadora se comprometeu ainda em não descontar os dias parados, que deverão ser compensados posteriormente.

"A empresa assumiu ainda o compromisso de não haver nenhuma retaliação nem punição aos grevistas", acrescentou.

A reunião entre o sindicato e a GM ocorreu no fim da tarde de ontem, em um hotel na cidade de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo.

A proposta da empresa foi aprovada pelos trabalhadores durante assembleia no início da manhã desta quinta-feira e, com isso, os funcionários da manhã já retornaram à produção.

De acordo com Macapá, outra assembleia será realizada no início da tarde, com os colaboradores daquele turno.

"Foi uma vitória dos trabalhadores", comemorou o dirigente sindical.

O acordo entre a GM e os trabalhadores deverá ser homologado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas, onde a GM tinha ajuizado uma ação de dissídio coletivo contra a greve.

Na última terça-feira, chegou a haver uma reunião de conciliação, que acabou sem acordo, após a empresa recusar proposta do tribunal e do Ministério Público do Trabalho (MPT) de colocar 798 trabalhadores em lay-off por cinco meses, com estabilidade de 90 dias.

Com o acordo, o processo não irá mais a julgamento pelo pleno da corte.

Histórico

A greve dos trabalhadores da GM de São José dos Campos foi deflagrada na última sexta-feira (20), em protesto contra uma proposta da empresa de colocar cerca de 800 trabalhadores em lay-off por dois meses, sem garantia de emprego.

Com exceção de ontem, os funcionários permaneceram de braços cruzados dentro da fábrica em todos os dias durante o expediente.

A paralisação chegou a afetar a produção na unidade da GM de São Caetano do Sul (SP), para onde a fábrica de São José fornece motores, peças e transmissão.

Apesar do fim da greve, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos diz que os trabalhadores continuarão mobilizados para pressionar o governo federal a editar uma Medida Provisória (MP) que garanta estabilidade no emprego a funcionários de empresas que recebem benefícios fiscais, como as montadoras.

O sindicato pede, inclusive, uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para debater o assunto.

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