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Funcionários da EBC protestam contra indicações de cargos

Os manifestantes se dizem contrários à proporção de cargos indicados politicamente na estatal de comunicação, hoje de 70%

EBC: manifestantes se dizem contrários à proporção de cargos indicados politicamente na estatal de comunicação, hoje de 70% (Reprodução/ EBC em Greve/ Facebook)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2015 às 17h13.

São Paulo - Funcionários da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) protestam com faixas e cartazes em frente a um centro de convenções na zona sul de São Paulo .

O local recebe nesta terça-feira, 17, evento do Lide, Grupo de Líderes Empresariais, com a presença do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, a quem a EBC está subordinada.

Os manifestantes, cerca de uma dezena, carregam cartazes com cabides desenhados e se dizem contrários à proporção de cargos indicados politicamente na estatal de comunicação, hoje de 70%, segundo Priscila Kerche, jornalista e representante dos empregados da EBC.

"Queremos o fim dos privilégios, a EBC não pode ser cabide de empregos", afirmou.

Priscila defende que a proporção seja invertida e que apenas 30% dos cargos sejam destinados a indicações políticas. Há um cartaz pendurado com nome de pessoas da EBC que, segundo os manifestantes, foram indicados por interesse político.

Entre eles está a mulher do secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, Tássia Alves, que é assessora e tem salário de R$ 12.500 segundo os manifestantes.

Também são citados Regina Silvério, secretária executiva, com salário de R$ 22.965; Katia Vaz, diretora, com salário de R$ 25.136; e Manoel Araújo, superintendente, com salário de R$ 22.965.

Padilha, presente ao evento, disse a jornalistas que considera a manifestação em relação a sua esposa injusta e machista.

"Minha mulher já demonstrou competência e não pode ser impedida de trabalhar por estar casada comigo. Não participei em nada de qualquer processo de indicação dela", afirmou o secretário.

Os funcionários da EBC dizem estar em greve desde o último dia 10. Na campanha salarial, a empresa ofereceu 3,5%, considerado baixo pelos funcionários ante uma inflação de quase 10% no ano.

Eles pedem reajuste de inflação mais R$ 450 de forma linear para todos os cargos.

Nota de EXAME.com:

Segue posionamento na íntegra da EBC:

"Diferentemente do publicado no Estado de S. Paulo, em informação atribuída a representantes dos empregados da empresa, 93,45% do total de empregados da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) possuem vínculo efetivo com a Administração Pública. Do total de 2.607 empregados, 2.437 se encaixam neste perfil. Somente 170 empregados da empresa não possuem vínculo com a Administração Pública, num percentual de 6,55%. Sobre os cargos em comissão, pelo menos 60% são ocupados por servidores com vínculo efetivo com a Administração Pública, - EBC e demais órgãos."

Matéria atualizada às 18h13

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São Paulo - Funcionários da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) protestam com faixas e cartazes em frente a um centro de convenções na zona sul de São Paulo .

O local recebe nesta terça-feira, 17, evento do Lide, Grupo de Líderes Empresariais, com a presença do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, a quem a EBC está subordinada.

Os manifestantes, cerca de uma dezena, carregam cartazes com cabides desenhados e se dizem contrários à proporção de cargos indicados politicamente na estatal de comunicação, hoje de 70%, segundo Priscila Kerche, jornalista e representante dos empregados da EBC.

"Queremos o fim dos privilégios, a EBC não pode ser cabide de empregos", afirmou.

Priscila defende que a proporção seja invertida e que apenas 30% dos cargos sejam destinados a indicações políticas. Há um cartaz pendurado com nome de pessoas da EBC que, segundo os manifestantes, foram indicados por interesse político.

Entre eles está a mulher do secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, Tássia Alves, que é assessora e tem salário de R$ 12.500 segundo os manifestantes.

Também são citados Regina Silvério, secretária executiva, com salário de R$ 22.965; Katia Vaz, diretora, com salário de R$ 25.136; e Manoel Araújo, superintendente, com salário de R$ 22.965.

Padilha, presente ao evento, disse a jornalistas que considera a manifestação em relação a sua esposa injusta e machista.

"Minha mulher já demonstrou competência e não pode ser impedida de trabalhar por estar casada comigo. Não participei em nada de qualquer processo de indicação dela", afirmou o secretário.

Os funcionários da EBC dizem estar em greve desde o último dia 10. Na campanha salarial, a empresa ofereceu 3,5%, considerado baixo pelos funcionários ante uma inflação de quase 10% no ano.

Eles pedem reajuste de inflação mais R$ 450 de forma linear para todos os cargos.

Nota de EXAME.com:

Segue posionamento na íntegra da EBC:

"Diferentemente do publicado no Estado de S. Paulo, em informação atribuída a representantes dos empregados da empresa, 93,45% do total de empregados da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) possuem vínculo efetivo com a Administração Pública. Do total de 2.607 empregados, 2.437 se encaixam neste perfil. Somente 170 empregados da empresa não possuem vínculo com a Administração Pública, num percentual de 6,55%. Sobre os cargos em comissão, pelo menos 60% são ocupados por servidores com vínculo efetivo com a Administração Pública, - EBC e demais órgãos."

Matéria atualizada às 18h13

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