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França encerra investigação de banco suíço do HSBC

Investigação da França sobre banco do HSBC na Suíça acerca de suposto esquema de sonegação acabou, dando um passo em direção a um julgamento


	Logo do banco suíço HSBC: HSBC admitiu na semana passada falhas em sua unidade suíça
 (Fabrice Coffrini/AFP)

Logo do banco suíço HSBC: HSBC admitiu na semana passada falhas em sua unidade suíça (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2015 às 15h26.

PARIS - Uma investigação da França sobre o banco do HSBC na Suíça acerca de um suposto esquema de sonegação de impostos para clientes de alta renda acabou, dando um passo em direção a um possível julgamento, disse uma fonte judicial nesta segunda-feira.

O HSBC admitiu na semana passada falhas em sua unidade suíça e enfrenta investigações por autoridades norte-americanas e um inquérito por parlamentares britânicos após relatos de que o banco ajudou clientes a esconder milhões de dólares em ativos em um período que se estende até 2007.

Magistrados franceses colocaram o HSBC Private Bank sob investigação formal em novembro. Eles deram fim aos inquéritos em 12 de fevereiro, disse a fonte, acrescentando que promotores têm três meses para solicitar que o banco vá a julgamento para responder às acusações.

A suposta fraude envolve cerca de 3 mil contribuintes franceses. Sessenta e dois casos contra clientes específicos do banco suíço já estão em andamento, de acordo com o jornal diário francês Le Monde.

Nesta segunda-feira, o julgamento por fraude tributária da herdeira da fortuna de perfumes Nina Ricci começou em Paris, uma das primeiras pessoas a ser julgada na França desde que a lista de milhares de clientes que supostamente sonegaram impostos por meio do private bank suíço do HSBC se tornou pública.

Suspeita-se que Arlette Ricci escondeu mais de 22 milhões de dólares de autoridades tributárias francesas por meio de uma conta bancária no braço suíço do HSBC. Ela é julgada por fraude tributária, lavagem de dinheiro e falência fraudulenta para evitar impostos.

Ricci, de 73 anos de idade, que nega as acusações, pode enfrentar até cinco anos na prisão e uma multa de 75 mil euros.

Uma investigação separada sobre a controladora do banco também está em andamento.

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