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Foxconn anuncia compra da Sharp por US$ 3,5 bilhões

O preço final ficou quase US$ 2,5 bilhões abaixo do inicialmente pedido pelos japoneses


	Foxconn: o preço final ficou quase US$ 2,5 bilhões abaixo do inicialmente pedido pelos japoneses
 (REUTERS/Stringer)

Foxconn: o preço final ficou quase US$ 2,5 bilhões abaixo do inicialmente pedido pelos japoneses (REUTERS/Stringer)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2016 às 16h32.

São Paulo - Os conselhos da Sharp e da Foxconn aprovaram nesta quarta-feira, 30, a oferta de 389 bilhões de ienes (cerca de US$ 3,5 bilhões) para a compra da fabricante japonesa pela companhia taiwanesa.

A aquisição, cujas negociações se estenderam por meses, marca uma vitória para a Foxconn. O preço final ficou quase US$ 2,5 bilhões abaixo do inicialmente pedido pelos japoneses.

Com a aquisição, a fabricante taiwanesa também ganha acesso ao mercado de telas de próxima geração - a Sharp fornece telas para os smartphones da Apple. Baseada em Osaka, a Sharp oferece uma enorme quantidade de produtos no Japão, desde calculadoras a TVs de tela plana e geladeiras.

A empresa japonesa inventou muitos dos produtos mais sofisticados do mundo durante seus 103 anos de história. No entanto, enfrenta graves problemas financeiros desde 2012, após grandes investimentos no setor de telas e painéis solares.

Seus produtos mantém uma base cativa de consumidores no Japão, mas a companhia tem dificuldades em expandir em outras partes do mundo.

O negócio prevê que a Sharp emita novas ações para a Foxconn em troca de uma injeção de 389 bilhões de ienes - menos do que os 489 bilhões inicialmente pedidos - o que deixaria a companhia taiwanesa com 66% do seu capital social.

A partir de 2017, essa fatia pode subir para 72%. O acordo definitivo deve ser assinado no sábado, após uma coletiva de imprensa com o executivo-chefe da Sharp, Kozo Takahashi, e o presidente da Foxconn, Terry Gou.

Apesar de divulgado após o fechamento da bolsa em Tóquio, a expectativa com o acordo fez as ações da Sharp avançarem 3,85%. O avanço aconteceu mesmo em dia de queda do índice Nikkei, que fechou em queda de 1,31%.

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