CSA para funcionamento de forno por problemas operacionais
Interrupção pode representar mais um entrave ao processo de venda parcial da problemática usina controlada pela alemã Thyssenkrupp

Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Rio de Janeiro -A Companhia Siderúrgica do Atlântico ( CSA ) interrompeu há pelo menos um mês o funcionamento de um alto-forno por problemas operacionais, disse uma fonte à Reuters, no que pode representar mais um entrave ao processo de venda de parte da usina controlada pela alemã Thyssenkrupp.
A interrupção do alto-forno é um dos motivos que levaram a CSN, candidata a comprar o ativo, a revisar sua avaliação da usina para um valor menor do que o inicialmente cogitado, afirmou à Reuters a fonte com conhecimento direto assunto e que pediu para não ser identificada.
"A CSA informa que um dos seus dois altos-fornos está atualmente enfrentando problemas operacionais causados por instabilidades de processo", confirmou a assessoria de imprensa da siderúrgica, sem informar quando a operação do alto-forno foi interrompida.
A CSA não estaria produzindo nem a metade de sua capacidade de 5 milhões de toneladas anuais, acrescentou a fonte.
A produtora alemã de aço Thyssenkrupp, controladora da CSA, tenta há cerca de um ano vender a deficitária usina localizada no Rio de Janeiro e uma laminadora no Alabama, nos Estados Unidos, que também faz parte do pacote de venda.
Diante das dificuldades de venda, a Thyssen poderá vender para a CSN, do empresário Benjamin Steinbruch, uma fatia de cerca de um terço do capital dos ativos, disse a fonte.
A empresa de Steinbruch, entretanto, ainda não apresentou uma oferta vinculante, aguardada há meses pelo grupo alemão e pelo mercado. A demora ocorre, entre outros motivos, devido a reavaliação do preço do ativo pela CSN.
Na avaliação da CSN, segundo a fonte, a usina precisa de um investimento mínimo de 500 milhões de dólares para operar "com segurança operacional e conseguir manter operação de acordo com sua capacidade".
Seriam necessários investimentos não apenas no alto-forno interrompido, mas também na coqueria e acearia, disse a fonte. Além disso, serão necessários recursos para executar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) acertado com as autoridades locais como condição para liberar o funcionamento da usina.
O Ministério Público ajuizou contra a siderúrgica da Thyssen duas ações penais por emissões de resíduos poluentes a partir da produção do primeiro alto-forno em funcionamento, em agosto de 2010, e também por poluição causada após a operação do segundo alto-forno, em dezembro do mesmo ano.
VALE Para apresentar sua oferta vinculante ao negócio, a CSN aguarda também entendimento entre a Vale e a Thyssen sobre a participação societária das empresas na usina após a venda, disse a fonte.
A Vale possui atualmente 27 por cento da CSA e não se opõe à eventual entrada da CSN na sociedade, mas condiciona qualquer negócio --"seja para quem for"-- a garantias de que seus direitos como acionista serão preservados.
Entre seus direitos, a Vale exige o pagamento de uma indenização por investimentos adicionais que teve de realizar na CSA, ao lado da Thyssen, disse outra fonte à Reuters.
Em 2005, quando adquiriu uma participação na CSA, a Vale tinha apenas 10 por cento do capital da usina e uma opção para sair do negócio recebendo o valor investido. Em 2009, quando a Thyssen pediu para Vale aumentar a sua participação e colocar mais 1 bilhão de dólares no negócio, a mineradora exigiu um contrato de indenização em caso de necessidade de novos aportes na CSA.
As sócias tiveram que investir, além do previsto, mais 550 milhões de dólares na CSA, e a Vale cobra o valor desses investimentos. O pagamento poderá vir em forma de participação no negócio, disse uma das fontes.
Procurada, a assessoria da CSN não foi imediatamente encontrada para comentar o assunto. A Vale não comentou as informações.
Atualizada às 22h27
Rio de Janeiro -A Companhia Siderúrgica do Atlântico ( CSA ) interrompeu há pelo menos um mês o funcionamento de um alto-forno por problemas operacionais, disse uma fonte à Reuters, no que pode representar mais um entrave ao processo de venda de parte da usina controlada pela alemã Thyssenkrupp.
A interrupção do alto-forno é um dos motivos que levaram a CSN, candidata a comprar o ativo, a revisar sua avaliação da usina para um valor menor do que o inicialmente cogitado, afirmou à Reuters a fonte com conhecimento direto assunto e que pediu para não ser identificada.
"A CSA informa que um dos seus dois altos-fornos está atualmente enfrentando problemas operacionais causados por instabilidades de processo", confirmou a assessoria de imprensa da siderúrgica, sem informar quando a operação do alto-forno foi interrompida.
A CSA não estaria produzindo nem a metade de sua capacidade de 5 milhões de toneladas anuais, acrescentou a fonte.
A produtora alemã de aço Thyssenkrupp, controladora da CSA, tenta há cerca de um ano vender a deficitária usina localizada no Rio de Janeiro e uma laminadora no Alabama, nos Estados Unidos, que também faz parte do pacote de venda.
Diante das dificuldades de venda, a Thyssen poderá vender para a CSN, do empresário Benjamin Steinbruch, uma fatia de cerca de um terço do capital dos ativos, disse a fonte.
A empresa de Steinbruch, entretanto, ainda não apresentou uma oferta vinculante, aguardada há meses pelo grupo alemão e pelo mercado. A demora ocorre, entre outros motivos, devido a reavaliação do preço do ativo pela CSN.
Na avaliação da CSN, segundo a fonte, a usina precisa de um investimento mínimo de 500 milhões de dólares para operar "com segurança operacional e conseguir manter operação de acordo com sua capacidade".
Seriam necessários investimentos não apenas no alto-forno interrompido, mas também na coqueria e acearia, disse a fonte. Além disso, serão necessários recursos para executar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) acertado com as autoridades locais como condição para liberar o funcionamento da usina.
O Ministério Público ajuizou contra a siderúrgica da Thyssen duas ações penais por emissões de resíduos poluentes a partir da produção do primeiro alto-forno em funcionamento, em agosto de 2010, e também por poluição causada após a operação do segundo alto-forno, em dezembro do mesmo ano.
VALE Para apresentar sua oferta vinculante ao negócio, a CSN aguarda também entendimento entre a Vale e a Thyssen sobre a participação societária das empresas na usina após a venda, disse a fonte.
A Vale possui atualmente 27 por cento da CSA e não se opõe à eventual entrada da CSN na sociedade, mas condiciona qualquer negócio --"seja para quem for"-- a garantias de que seus direitos como acionista serão preservados.
Entre seus direitos, a Vale exige o pagamento de uma indenização por investimentos adicionais que teve de realizar na CSA, ao lado da Thyssen, disse outra fonte à Reuters.
Em 2005, quando adquiriu uma participação na CSA, a Vale tinha apenas 10 por cento do capital da usina e uma opção para sair do negócio recebendo o valor investido. Em 2009, quando a Thyssen pediu para Vale aumentar a sua participação e colocar mais 1 bilhão de dólares no negócio, a mineradora exigiu um contrato de indenização em caso de necessidade de novos aportes na CSA.
As sócias tiveram que investir, além do previsto, mais 550 milhões de dólares na CSA, e a Vale cobra o valor desses investimentos. O pagamento poderá vir em forma de participação no negócio, disse uma das fontes.
Procurada, a assessoria da CSN não foi imediatamente encontrada para comentar o assunto. A Vale não comentou as informações.
Atualizada às 22h27