Fornecedores contrariados: na pauta de reivindicações estão temas polêmicos que dependem da presidente Dilma Rousseff e do Congresso (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2015 às 12h31.
Rio - A indústria fornecedora do setor de petróleo e gás natural está contrariada com a presença dominante da Petrobras como compradora e com os efeitos da crise da estatal.
E vai recorrer ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, para tentar emplacar uma série de medidas que tem o objetivo de ampliar a participação da iniciativa privada no setor.
Na próxima terça-feira, 22 entidades empresariais vão ao ministro entregar uma "agenda mínima para o setor petróleo".
O documento é assinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), pelas federações estaduais de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Bahia, além de 14 associações de fornecedores.
Na pauta de reivindicações estão temas polêmicos que dependem da presidente Dilma Rousseff e do Congresso. A presidente já deixou claro que não vai mudar as regras de conteúdo local, como quer a indústria.
Para que outra reivindicação seja aprovada - a de que a Petrobras deixe de ser obrigatoriamente protagonista no pré-sal -, os parlamentares terão que vencer a resistência da base aliada do governo ao projeto do senador José Serra.
"Espero que o Planalto entenda do que estamos falando, em vez de ficar tentando pegar dinheiro de tudo que é canto", afirmou o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.