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Fornecedora da OSX pede recuperação judicial

A Amal Construções Metálicas entrou em recuperação judicial após problemas com seu principal cliente, um consórcio entre a OSX e a Mendes Júnior

OSX: crise dos sócios da Integra é o principal argumento usado pelos advogados (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2015 às 22h17.

Rio - Dona de um estaleiro em Itajaí, Santa Catarina, a Amal Construções Metálicas entrou em recuperação judicial .

A empresa de capital português foi atingida pelos problemas de seu principal cliente, a Integra Offshore, um consórcio formado pela OSX e a Mendes Júnior para construir as plataformas P-67 e P-70 da Petrobras .

A Amal foi contratada como fornecedora de quatro módulos em outubro de 2013, mas passou a enfrentar dificuldades para se financiar diante da crise financeira da empresa de Eike Batista e do envolvimento da Mendes Júnior na Operação Lava Jato.

A crise dos sócios da Integra é o principal argumento usado pelos advogados do escritório Siqueira Castro Advogados no pedido de recuperação judicial da Amal, que tem dívidas de R$ 96 milhões.

Entre os maiores credores está o Bradesco, que financiou a construção do estaleiro da Amal no Brasil. O projeto custou R$ 30 milhões ao grupo e foi iniciado em novembro de 2013, em Itajaí.

A garantia do financiamento era do Banco Espírito Santo (BES) - dono de 30% do Grupo Amal -, mas acabou se frustrando depois que o banco português entrou em derrocada financeira em 2014.

Segundo o pedido de recuperação encaminhado à Justiça, o Bradesco desistiu de bancar a obra e a Amal teve que buscar novas fontes para financiar seu caixa, mas encontrou as portas fechadas por ter como principal cliente um consórcio formado por companhias em crise.

A Amal cita atrasos da Integra na aprovação da construção dos módulos e fornecimento de materiais". Para mitigar a situação a Integra assumiu a gestão compartilhada do negócio, passando a arcar com custos de mão de obra, encargos e fornecedores.

O acordo previa que a Amal apresentasse até novembro passado uma garantia bancária para o saldo a favor da Integra, mas a empresa não conseguiu. A Integra então comunicou que não faria mais nenhum pagamento e suspendeu os pedidos referentes aos módulos da P-70.

A Amal alega que não conseguiu receber da Integra os valores de serviços que vinham sendo executados fora do contrato, "principal causador do desequilíbrio existente no caixa", diz na petição. O pedido de recuperação foi aceito na segunda-feira, 30, pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.

Os principais credores da Amal são a Integra (R$ 22 milhões), Bradesco (R$ 16 milhões), Banco BTN (R$ 11 milhões), Amal S.A. (R$ 10 milhões) e GE (R$ 5 milhões).

Há R$ 12 milhões em créditos de fornecedores e R$ 6,3 milhões em dívidas trabalhistas.

O advogado Alexandre Gontijo, do Siqueira Castro, diz que a Amal tem cerca de mil funcionários no País e não pensa em demitir no momento.

A empresa tem 60 dias para apresentar um plano de recuperação judicial à Justiça. "Há algumas possibilidades: buscar um aporte de capital dos sócios portugueses (Amal S.A. e Amal SGPS), vender o parque industrial no Brasil ou buscar um sócio estratégico para o estaleiro", explica.

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A empresa de capital português foi atingida pelos problemas de seu principal cliente, a Integra Offshore, um consórcio formado pela OSX e a Mendes Júnior para construir as plataformas P-67 e P-70 da Petrobras .

A Amal foi contratada como fornecedora de quatro módulos em outubro de 2013, mas passou a enfrentar dificuldades para se financiar diante da crise financeira da empresa de Eike Batista e do envolvimento da Mendes Júnior na Operação Lava Jato.

A crise dos sócios da Integra é o principal argumento usado pelos advogados do escritório Siqueira Castro Advogados no pedido de recuperação judicial da Amal, que tem dívidas de R$ 96 milhões.

Entre os maiores credores está o Bradesco, que financiou a construção do estaleiro da Amal no Brasil. O projeto custou R$ 30 milhões ao grupo e foi iniciado em novembro de 2013, em Itajaí.

A garantia do financiamento era do Banco Espírito Santo (BES) - dono de 30% do Grupo Amal -, mas acabou se frustrando depois que o banco português entrou em derrocada financeira em 2014.

Segundo o pedido de recuperação encaminhado à Justiça, o Bradesco desistiu de bancar a obra e a Amal teve que buscar novas fontes para financiar seu caixa, mas encontrou as portas fechadas por ter como principal cliente um consórcio formado por companhias em crise.

A Amal cita atrasos da Integra na aprovação da construção dos módulos e fornecimento de materiais". Para mitigar a situação a Integra assumiu a gestão compartilhada do negócio, passando a arcar com custos de mão de obra, encargos e fornecedores.

O acordo previa que a Amal apresentasse até novembro passado uma garantia bancária para o saldo a favor da Integra, mas a empresa não conseguiu. A Integra então comunicou que não faria mais nenhum pagamento e suspendeu os pedidos referentes aos módulos da P-70.

A Amal alega que não conseguiu receber da Integra os valores de serviços que vinham sendo executados fora do contrato, "principal causador do desequilíbrio existente no caixa", diz na petição. O pedido de recuperação foi aceito na segunda-feira, 30, pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.

Os principais credores da Amal são a Integra (R$ 22 milhões), Bradesco (R$ 16 milhões), Banco BTN (R$ 11 milhões), Amal S.A. (R$ 10 milhões) e GE (R$ 5 milhões).

Há R$ 12 milhões em créditos de fornecedores e R$ 6,3 milhões em dívidas trabalhistas.

O advogado Alexandre Gontijo, do Siqueira Castro, diz que a Amal tem cerca de mil funcionários no País e não pensa em demitir no momento.

A empresa tem 60 dias para apresentar um plano de recuperação judicial à Justiça. "Há algumas possibilidades: buscar um aporte de capital dos sócios portugueses (Amal S.A. e Amal SGPS), vender o parque industrial no Brasil ou buscar um sócio estratégico para o estaleiro", explica.

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