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Foco na nuvem leva IBM a demitir funcionários novamente

Tentando ficar mais ágil, a IBM reduziu sua quantidade de funcionários em 12% no ano passado, a segunda redução anual consecutiva da força de trabalho

Entrada da IBM: para ajudar a aumentar o lucro, a empresa demitiu funcionários e colocou outros de licença, reduziu a taxa fiscal e recomprou ações (Stan Honda/AFP)
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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 19h55.

Nova York - A quantidade de funcionários da IBM encolheu 12 por cento no ano passado. A CEO Ginni Rometty vem tentando transformar o gigante de tecnologia, de 103 anos, em um rival mais ágil.

Essa é a segunda redução anual consecutiva da força de trabalho da IBM e a primeira de dois anos seguidos desde 1993 e 1994, quando a empresa ficou à beira da falência .

Rometty está tentando renovar a International Business Machines Corp. para acompanhar as concorrentes mais novas em um setor que está passando pelo que ela considera “uma mudança sem precedentes”.

A IBM tinha 379.592 funcionários no fim de 2014, 12 por cento a menos que no ano anterior, quando a empresa informou a primeira redução em dez anos, de acordo com um fato relevante divulgado na terça-feira.

Excetuando-se uma supressão de 35.000 devido a desinvestimentos, o total de funcionários caiu cerca de 3,9 por cento no ano passado.

Embora Rometty tenha mudado o foco da empresa estimulando as vendas de produtos relativos a análise de dados e computação na nuvem , essa receita não cresceu suficientemente rápido para compensar a queda na demanda por serviços tradicionais e negócios de hardware.

“Temos mais a fazer e precisamos fazer isso mais rapidamente”, disse Rometty em outubro, depois de contar aos investidores que a companhia não atingiria o resultado pretendido de US$ 20 por ação em 2015, definido por seu predecessor, Sam Palmisano, em 2010.

Aumentar os lucros

Para ajudar a aumentar o lucro por ação, Rometty demitiu funcionários e colocou outros de licença, reduziu a taxa fiscal da IBM e recomprou ações.

Ela também se desfez, no ano passado, de unidades de negócios menos rentáveis, como a divisão de servidores de baixa gama, que foi vendida à Lenovo Group Ltd., de uma unidade de atendimento ao consumidor e da unidade de fabricação de chips, pela qual a IBM pagou US$ 1,5 bilhão para que a Globalfoundries Inc. a tirasse de suas mãos.

“A IBM tem 15.000 postos de trabalho disponíveis neste momento, muitos deles em áreas como análise, nuvem e segurança, onde estamos reequilibrando as competências para atender às novas necessidades dos nossos clientes”, disse Ian Colley, porta-voz da IBM.

Concorrentes mais novos, como a Amazon.com Inc. e a Microsoft Corp., ampliaram suas próprias unidades de computação na nuvem e rivais como a Salesforce.com e a Workday Inc. conquistaram clientes para o próprio software on-line.

Enquanto isso, a IBM fez investimentos para se adaptar a uma mudança que afetou todo o setor e fez com que os clientes comprassem cada vez mais produtos fornecidos através da nuvem.

Desde o fim de 2014, Rometty sacudiu a empresa internacional ao criar um novo negócio a partir da computação na nuvem, em que o software e os serviços são fornecidos aos clientes pela internet. Ela também criou uma nova divisão a partir da tecnologia Watson de análise de dados.


Contudo, diante da queda do lucro por ação no ano passado, que foi a primeira desde 2002, os investidores não a recompensaram pelas mudanças. As ações da IBM caíram no ano passado e em 2013, o que lhe conferiu a posição de pior desempenho no Dow Jones Industrial Average pelo segundo ano consecutivo.

‘Reequilibrar a força de trabalho’

Essa reorganização também incluiu demissões e a IBM gastou mais de US$ 1,5 bilhão para reestruturar sua força de trabalho no ano passado. No quarto trimestre, uma taxa de US$ 580 milhões para ‘reequilibrar a força de trabalho’ significou a demissão de “milhares de pessoas”, disse a empresa no mês passado.

Com uma mudança realizada no ano passado no seu pacote de indenização, a IBM também tornou mais difícil e arriscado para os funcionários antigos demitidos alegar discriminação em razão da idade.

A medida também possibilitou que a empresa deixasse de divulgar dados relativos a cargos e idades dos trabalhadores despedidos – informações que vinham sendo divulgadas há pelo menos uma década e que ajudavam a calcular o número de funcionários demitidos.

São Paulo -- Nesta semana, a Amazon lançou seu Cloud Drive no Brasil e o Google reduziu os preços do Google Drive. Esses serviços armazenam fotos, documentos e outros arquivos na nuvem para acesso em qualquer lugar. Assim, pode-se, por exemplo, fotografar com o smartphone e editar as fotos no PC; ou criar uma planilha no computador e vê-la, depois, no tablet. Os arquivos são sincronizados via internet. Veja como o Cloud Drive e o Google Drive se comparam aos concorrentes.
  • 2. Amazon Cloud Drive

    2 /10(EXAME.com)

  • Veja também

    Espaço grátis: 5 GB Outros planos: 100 GB custam 50 dólares anuais Plataformas: Android, iOS, Windows, Mac Para quem é mais indicado: é uma opção para quem já lotou o espaço gratuito em outros serviços Recém-chegado ao Brasil, o Cloud Drive sincroniza arquivos no PC e faz upload automático de fotos em dispositivos móveis. O serviço da Amazon é elogiado pela segurança. Mas seu app móvel tem foco nas fotos e não serve para visualizar documentos ou outros tipos de arquivo.
  • 3. Google Drive

    3 /10(Divulgação)

  • Espaço grátis: 15 GB Outros planos: 100 GB por 1,99 dólar mensal Plataformas: Android, iOS, Windows, Mac Para quem é mais indicado: quem precisa de muito espaço ou quer editar documentos no browser Além de armazenar arquivos, o Google Drive permite a edição de planilhas e textos por meio dos aplicativos online Google Docs, tanto em PCs como em dispositivos móveis. O Google reduziu os preços neste mês e o Drive passou a ter o menor custo por gigabyte para quem precisa ir além do plano gratuito. Os apps móveis oferecem acesso offline aos arquivos. O armazenamento é compartilhado com outros serviços do Google, como Gmail e Google+ Photos.
  • 4. OneDrive

    4 /10(EXAME.com)

    Espaço grátis: 7 GB Outros planos: 100 GB extras por 8 dólares mensais Plataformas: nativo no Windows Phone e no Windows 8; apps para Android, iOS, Windows 7/Vista e Mac Para quem é mais indicado: usuários de Windows e Office; e quem precisa editar documentos no browser O OneDrive (antes chamado SkyDrive), da Microsoft, vem integrado ao Windows 8 e ao Windows Phone e pode ser instalado em outras plataformas. Além de sincronizar arquivos entre os dispositivos, ele oferece a possibilidade de editar textos, planilhas e apresentações no browser por meio do Office Online. Em dispositivos móveis, faz upload automático de fotos. Os apps móveis não oferecem acesso offline aos arquivos.
  • 5. Dropbox

    5 /10(Divulgação)

    Espaço grátis: 2 GB Outros planos: 100 GB por 9,99 dólares mensais  Plataformas: Android, iOS, BlackBerry, Windows, Mac, Linux Para quem é mais indicado: quem busca máxima facilidade de uso O pioneiro Dropbox, lançado em 2008, ainda é o serviço preferido por muitos usuários por ser simples e funcional. Ele sincroniza arquivos, permite acesso offline em dispositivos móveis e faz upload automático de fotos neles. Seu ponto negativo é o preço. Ele oferece apenas 2 GB de espaço gratuito e seus planos pagos têm custo por gigabyte mais alto que o dos concorrentes.
  • 6. Box.com

    6 /10(Divulgação)

    Espaço grátis: 10 GB (tamanho máximo dos arquivos: 250 MB) Outros planos: por 5 dólares mensais, conseguem-se 100 GB Plataformas: Android, iOS, Windows Phone, Windows 8 Para quem é mais indicado: profissionais e grupos de trabalho O Box.com tem foco no compartilhamento de arquivos em grupos de trabalho e também oferece planos de uso pessoal. Um de seus atrativos é o mecanismo de busca, que facilita a localização de arquivos na nuvem. Nele, também é possível ver versões anteriores dos documentos e trocar comentários com um grupo. Os apps móveis permitem o acesso offline aos arquivos.
  • 7. Bitcasa

    7 /10(EXAME.com)

    Espaço grátis: 20 GB Outros planos: três opções pagas, incluindo espaço infinito por 99 dólares mensais Plataformas: Android, iOS, Windows, Mac, Linux Para quem é mais indicado: quem precisa de muito espaço para os arquivos O Bitcasa se distingue dos concorrentes por ter opção de espaço infinito para os arquivos e também pela maneira como trabalha. Num PC, o Bitcasa aparece para o sistema operacional como se fosse uma unidade de disco local. Num dispositivo móvel, ele sincroniza arquivos e faz upload automático de fotos. O serviço é forte em segurança, já que criptografa os arquivos antes de transmiti-los pela internet.
  • 8. SugarSync

    8 /10(Divulgação)

    Espaço grátis: 5 GB por 90 dias Outros planos: 100 GB custam 9,99 dólares por mês Plataformas: Android, iOS, BlackBerry, Windows, Mac Para quem é mais indicado: quem quer fazer backup de dados na nuvem Versátil, o SugarSync permite sincronizar qualquer pasta num PC com o armazém na nuvem.  Assim, é fácil configurá-lo para fazer backup automático dos arquivos armazenados no computador. Há planos para grupos de trabalho com boas ferramentas para compartilhamento de arquivos. O plano gratuito do SugarSync vale por apenas 90 dias. Depois, é preciso pagar para usar o serviço. E vale notar que o preço por gigabyte dele é um dos mais altos.
  • 9. iCloud

    9 /10(Reprodução de EXAME.com)

    Espaço gratuito: 5 GB Outros planos: 100 GB extras por 100 dólares anuais Plataformas: iOS e Mac; acesso limitado no Windows Para quem é indicado: apenas para usuários de produtos da Apple O iCloud, que vem integrado aos dispositivos da Apple, é usado para armazenar e sincronizar dados de aplicativos e para backup do sistema iOS. Além disso, ele oferece acesso a fotos, lembretes, contatos e outros conteúdos por meio do browser, onde também é possível editar documentos. Mas esse serviço não permite sincronizar um arquivo específico e nem compartilhá-lo com outras pessoas.
  • 10. Agora veja opções para proteger o PC dos vírus:

    10 /10(Marcelo Alves / Flickr)

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