Flexport quer ser o Uber dos mares
A Flexport é outra startup que tenta ingressar em uma indústria estabelecida e quer mudar a forma de transporte de cargas em navios de contêineres
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2015 às 19h31.
Ryan Petersen utilizava uma estratégia de controle de qualidade quando trabalhava na China para a empresa de importação de seu irmão.
Durante visitas a fábricas , ele pedia licença para usar o banheiro com o intuito de ver se havia água na torneira e vaso sanitário com descarga.
Não havia? Ele riscava a fábrica de sua lista de potenciais fabricantes pela falta de tato industrial. Petersen diz que aprendeu muitos truques semelhantes nos dois anos em que viveu em Xangai e Kunming.
Ele também aprendeu mandarim e teve uma séria frustração com o agenciamento de cargas, que ele vê como um negócio desnecessariamente complicado.
Nove anos, um MBA e uma empresa bem-sucedida depois, Petersen, 34, é o CEO da Flexport Inc.
A descrição da empresa no quadro de avisos é a seguinte: a primeira despachante aduaneira licenciada do mundo baseada em um moderno aplicativo para a internet.
“O mundo quer um software para gerenciar seu negócio”, disse Petersen. “As pessoas estão acostumadas a usar softwares para tudo e de repente precisam movimentar suas cargas”.
A Flexport, que levantou US$ 6,6 milhões com investidores, incluindo a Google Ventures e o fundo mantido pelo ator Ashton Kutcher, é outra startup que tenta ingressar em uma indústria estabelecida.
A Uber Technologies Inc. está mudando a forma como as pessoas se movimentam pelas cidades; a Flexport quer fazer o mesmo com as coisas transportadas em navios de contêineres pelos oceanos.
A Flexport conecta os clientes com as companhias de navegação e o software cuida da Alfândega, das tarifas e de outras logísticas.
Um painel baseado na internet permite que um importador nos EUA faça comparações como em uma loja, digitando variáveis -- porto A em tal dia ou porto B em outro dia, ferrovia versus caminhão -- e exibe cotações de preços de empresas de transporte.
Redução da burocracia
A Flexport, segundo Petersen, reduz a burocracia e as dores de cabeça dos importadores, a exemplo do que os sites de reservas fazem pelos viajantes.
É uma das primeiras empresas de agenciamento de cargas a digitalizar a navegação internacional, tornando mais fácil a movimentação de produtos através das aduanas e ao redor do mundo.
Se a iniciativa de dois anos tiver sucesso, “haverá um maior comércio internacional por causa da Flexport e o comércio internacional é algo grande que pode aumentar”, diz Paul Graham, um dos fundadores da Y Combinator, a incubadora de startups que descobriu, educou e ajudou a financiar mais de 700 empresas, incluindo Airbnb Inc. e Dropbox Inc. A Flexport é formada na Y Combinator, da classe de 2014.
Sob qualquer medida, as chances estão contra a empresa. Existe uma razão para que a maioria das startups fracassem. E Bill Trenchard, sócio da First Round Capital, diz que o agenciamento de cargas tradicional é um negócio no qual é difícil conseguir escala.
As três principais empresas do ramo são a DHL Supply Chain Global Forward, a Kuehne Nagel e a DB Schenker Logistics, que juntas geraram uma receita de US$ 73,6 bilhões em 2013.
A First Round financiou a Flexport assim mesmo. Trenchard diz que se alguém é capaz de fazer o negócio funcionar, é provável que essa pessoa seja Petersen.
“Este é um negócio bastante difícil de executar porque há muitas partes em movimento”, diz Trenchard. “Eles precisam ser uma grande empresa de tecnologia, de logística e de serviços ao mesmo tempo. Poucos empreendedores conseguem levar isso adiante e ganhar escala ao mesmo tempo. Eu acho que Ryan tem um perfil único para o desafio”.
Outra investidora da Flexport é a Bloomberg Beta, que pertence à Bloomberg LP, empresa-mãe da Bloomberg News.
Ryan Petersen utilizava uma estratégia de controle de qualidade quando trabalhava na China para a empresa de importação de seu irmão.
Durante visitas a fábricas , ele pedia licença para usar o banheiro com o intuito de ver se havia água na torneira e vaso sanitário com descarga.
Não havia? Ele riscava a fábrica de sua lista de potenciais fabricantes pela falta de tato industrial. Petersen diz que aprendeu muitos truques semelhantes nos dois anos em que viveu em Xangai e Kunming.
Ele também aprendeu mandarim e teve uma séria frustração com o agenciamento de cargas, que ele vê como um negócio desnecessariamente complicado.
Nove anos, um MBA e uma empresa bem-sucedida depois, Petersen, 34, é o CEO da Flexport Inc.
A descrição da empresa no quadro de avisos é a seguinte: a primeira despachante aduaneira licenciada do mundo baseada em um moderno aplicativo para a internet.
“O mundo quer um software para gerenciar seu negócio”, disse Petersen. “As pessoas estão acostumadas a usar softwares para tudo e de repente precisam movimentar suas cargas”.
A Flexport, que levantou US$ 6,6 milhões com investidores, incluindo a Google Ventures e o fundo mantido pelo ator Ashton Kutcher, é outra startup que tenta ingressar em uma indústria estabelecida.
A Uber Technologies Inc. está mudando a forma como as pessoas se movimentam pelas cidades; a Flexport quer fazer o mesmo com as coisas transportadas em navios de contêineres pelos oceanos.
A Flexport conecta os clientes com as companhias de navegação e o software cuida da Alfândega, das tarifas e de outras logísticas.
Um painel baseado na internet permite que um importador nos EUA faça comparações como em uma loja, digitando variáveis -- porto A em tal dia ou porto B em outro dia, ferrovia versus caminhão -- e exibe cotações de preços de empresas de transporte.
Redução da burocracia
A Flexport, segundo Petersen, reduz a burocracia e as dores de cabeça dos importadores, a exemplo do que os sites de reservas fazem pelos viajantes.
É uma das primeiras empresas de agenciamento de cargas a digitalizar a navegação internacional, tornando mais fácil a movimentação de produtos através das aduanas e ao redor do mundo.
Se a iniciativa de dois anos tiver sucesso, “haverá um maior comércio internacional por causa da Flexport e o comércio internacional é algo grande que pode aumentar”, diz Paul Graham, um dos fundadores da Y Combinator, a incubadora de startups que descobriu, educou e ajudou a financiar mais de 700 empresas, incluindo Airbnb Inc. e Dropbox Inc. A Flexport é formada na Y Combinator, da classe de 2014.
Sob qualquer medida, as chances estão contra a empresa. Existe uma razão para que a maioria das startups fracassem. E Bill Trenchard, sócio da First Round Capital, diz que o agenciamento de cargas tradicional é um negócio no qual é difícil conseguir escala.
As três principais empresas do ramo são a DHL Supply Chain Global Forward, a Kuehne Nagel e a DB Schenker Logistics, que juntas geraram uma receita de US$ 73,6 bilhões em 2013.
A First Round financiou a Flexport assim mesmo. Trenchard diz que se alguém é capaz de fazer o negócio funcionar, é provável que essa pessoa seja Petersen.
“Este é um negócio bastante difícil de executar porque há muitas partes em movimento”, diz Trenchard. “Eles precisam ser uma grande empresa de tecnologia, de logística e de serviços ao mesmo tempo. Poucos empreendedores conseguem levar isso adiante e ganhar escala ao mesmo tempo. Eu acho que Ryan tem um perfil único para o desafio”.
Outra investidora da Flexport é a Bloomberg Beta, que pertence à Bloomberg LP, empresa-mãe da Bloomberg News.