FinanZero, de empréstimos online, capta R$ 22 mi e cresce com crédito até a negativados
A rodada seed tem os fundos VEF, Webrock Ventures, Dunross & CO e Atlant Fonder. Quantia vai expandir time da fintech, que é um marketplace com mais de 60 instituições plugadas
Leo Branco
Publicado em 27 de julho de 2022 às 08h00.
Dona de uma das marcas mais buscadas no Google no quesito empréstimo pessoal no Brasil, a fintech FinanZero anuncia a captação de 4,1 milhões de dólares.
A quantia dá aproximadamente 22 milhões de reais na cotação atual.
A rodada seed tem os fundos VEF, Webrock Ventures, Dunross & CO e Atlant Fonder.
O que faz a FinanZero
Aberta em 2015, a fintech é um marketplace de empréstimos online. Na plataforma, clientes podem fazer cotações de linhas de financiamento e comparar taxas de juros e mais condições de pagamento.
Até mesmo quem está com o nome negativado no Serasa ou SPC pode fazer consultas de empréstimos por lá.
O modelo de negócio depende de comissões pagas pelos bancos interessados nos leads gerados a partir da plataforma.
Entre as 60 instituições financeiras conectadas à FinanZero estão nomes badalados entre as fintechs brasileiras como Creditas, GerU e Bcredi e até mesmo bancões como Pan (do mesmo grupo de controle da EXAME) e Santander.
Atualmente, a plataforma da FinanZero recebe 1,5 milhão de solicitações de crédito por mês. No cadastro da fintech estão dados de 31 milhões de pedidos de empréstimos realizados — algo como 15% da população brasileira.
Quem está por trás do negócio
Por trás da montanha de informações financeiras dos brasileiros está o sueco Olle Widén, fundador da FinanZero junto a conterrâneos.
Até hoje, boa parte da FinanZero roda a partir da Suécia — o time de tecnologia, por exemplo, está em Estocolmo.
O início da operação no Brasil, diz Widén, tem dois motivos. O primeiro foi de ordem pessoal: a mulher dele é brasileira e a família escolheu São Paulo como moradia.
Pesou também na conta a concentração do mercado financeiro brasileiro, desafiada nos últimos anos pela proliferação de fintechs como a FinanZero.
"Entendemos que expandir o acesso ao crédito é essencial para criarmos mais oportunidades, tornando possível o alcance de objetivos pessoais e profissionais", diz Widén.
"Buscamos entregar as melhores opções, de acordo com a disponibilidade e condição de cada consumidor.”
Como o aporte será gasto
A expectativa de Widén com o aporte é investir em tecnologia da informação e em ciência de dados para estarmos mais integrados com os bancos.
“Com o valor do aporte poderemos chegar ao break even em 2023”, diz. Entre 2019 e 2021, as receitas da FinanZero cresceram 144%.
Ao se cadastrar na plataforma, o usuário pode receber até 10 ofertas de crédito pré-aprovadas em até cinco minutos.
Nas contas da fintech, após o pedido ser aprovado, o dinheiro cai na conta bancária do solicitante em até 24 horas.
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