Negócios

FinanZero, de empréstimos online, capta R$ 22 mi e cresce com crédito até a negativados

A rodada seed tem os fundos VEF, Webrock Ventures, Dunross & CO e Atlant Fonder. Quantia vai expandir time da fintech, que é um marketplace com mais de 60 instituições plugadas

Olle Widén, da FinanZero: “Com o valor do aporte poderemos chegar ao break even em 2023” (Divulgação/Divulgação)

Olle Widén, da FinanZero: “Com o valor do aporte poderemos chegar ao break even em 2023” (Divulgação/Divulgação)

LB

Leo Branco

Publicado em 27 de julho de 2022 às 08h00.

Dona de uma das marcas mais buscadas no Google no quesito empréstimo pessoal no Brasil, a fintech FinanZero anuncia a captação de 4,1 milhões de dólares.

Assine a newsletter EMPREENDA, a nova newsletter semanal da EXAME para quem faz acontecer nas empresas brasileiras

A quantia dá aproximadamente 22 milhões de reais na cotação atual.

A rodada seed tem os fundos VEF, Webrock Ventures, Dunross & CO e Atlant Fonder.

O que faz a FinanZero

Aberta em 2015, a fintech é um marketplace de empréstimos online. Na plataforma, clientes podem fazer cotações de linhas de financiamento e comparar taxas de juros e mais condições de pagamento.

Até mesmo quem está com o nome negativado no Serasa ou SPC pode fazer consultas de empréstimos por lá.

O modelo de negócio depende de comissões pagas pelos bancos interessados nos leads gerados a partir da plataforma.

Entre as 60 instituições financeiras conectadas à FinanZero estão nomes badalados entre as fintechs brasileiras como Creditas, GerU e Bcredi e até mesmo bancões como Pan (do mesmo grupo de controle da EXAME) e Santander.

Atualmente, a plataforma da FinanZero recebe 1,5 milhão de solicitações de crédito por mês. No cadastro da fintech estão dados de 31 milhões de pedidos de empréstimos realizados — algo como 15% da população brasileira.

Quem está por trás do negócio

Por trás da montanha de informações financeiras dos brasileiros está o sueco Olle Widén, fundador da FinanZero junto a conterrâneos.

Até hoje, boa parte da FinanZero roda a partir da Suécia —  o time de tecnologia, por exemplo, está em Estocolmo.

O início da operação no Brasil, diz Widén, tem dois motivos. O primeiro foi de ordem pessoal: a mulher dele é brasileira e a família escolheu São Paulo como moradia.

Pesou também na conta a concentração do mercado financeiro brasileiro, desafiada nos últimos anos pela proliferação de fintechs como a FinanZero.

"Entendemos que expandir o acesso ao crédito é essencial para criarmos mais oportunidades, tornando possível o alcance de objetivos pessoais e profissionais", diz Widén.

"Buscamos entregar as melhores opções, de acordo com a disponibilidade e condição de cada consumidor.”

Como o aporte será gasto

A expectativa de Widén com o aporte é investir em tecnologia da informação e em ciência de dados para estarmos mais integrados com os bancos.

“Com o valor do aporte poderemos chegar ao break even em 2023”, diz. Entre 2019 e 2021, as receitas da FinanZero cresceram 144%.

Ao se cadastrar na plataforma, o usuário pode receber até 10 ofertas de crédito pré-aprovadas em até cinco minutos.

Nas contas da fintech, após o pedido ser aprovado, o dinheiro cai na conta bancária do solicitante em até 24 horas.

VEJA TAMBÉM:

Economia prateada: 49% dos empreendedores brasileiros têm mais de 50 anos

Salário dos CEOs brasileiros ultrapassou R$ 1,1 bilhão em 2021; veja ranking

Movimentação financeira das PMEs caiu 4,4% em junho, mostra IODE-PMEs

 

Acompanhe tudo sobre:FintechsSuéciaVenture capital

Mais de Negócios

Max vence 'briga' com Netflix por novos assinantes; qual é a estratégia?

Esta startup ajuda as varejistas a economizar milhões em multas com... etiquetas

A nova era do franchising

"Vou pensar e te aviso": essas são as objeções mais comuns dos clientes – veja como respondê-las