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Financial Times questiona salário menor pago a mulheres

A reivindicação dos funcionários do jornal britânico ocorre depois da revelação de que existem disparidades salariais entre os homens e mulheres na BBC

FT: a diferença salarial entre gêneros na FT Editorial é de quase 13 por cento -- a maior em uma década (Danny E. Martindale/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2017 às 14h48.

Os funcionários do jornal Financial Times, pertencente à Nikkei, realizarão uma reunião de emergência na quarta-feira para discutir as diferenças salariais entre gêneros na empresa. A medida é divulgada após revelações de disparidades semelhantes na British Broadcasting Corporation (BBC).

“Há uma sensação crescente entre os jornalistas daqui de que os gestores do FT não estão levando o assunto a sério”, disse Steve Bird, chefe do comitê da União Nacional de Jornalistas no FT, em e-mail para cerca de 600 funcionários, na quinta-feira.

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"A diferença salarial entre gêneros na FT Editorial é de quase 13 por cento -- a maior em uma década -- e a 'ambição' da empresa de alcançar a igualdade até 2022 é pior do que a meta atual da BBC de atingi-la em 2020.”

A reunião ocorre depois que a revelação de que existem disparidades salariais entre os talentos masculinos e femininos na BBC provocou uma reação e uma carta aberta de pelo menos 40 mulheres pedindo uma ação.

A falta de transparência em relação aos salários do editor Lionel Barber e do diretor-executivo do FT, John Ridding, não inspira confiança, disse Bird no e-mail.

“Vemos isso como um fórum muito importante para discutir as medidas práticas que podemos tomar para resolver anomalias salariais em todos os níveis da organização”, disse Bird.

“Depois que um líder recente do FT declarou que ’as mulheres têm razão de estar com raiva da diferença salarial’, é hora de o Financial Times” complementar as palavras com ações.

A Bloomberg LP, proprietária da Bloomberg News, compete com a Nikkei e o Financial Times no fornecimento de notícias e informações financeiras.

A partir do ano que vem, as empresas com mais de 250 funcionários do Reino Unido terão que divulgar quanto estão pagando, em salários e bônus, a funcionários e funcionárias.

A diferença salarial entre gêneros dos empregados em tempo integral era de 9,4 por cento em abril de 2016, segundo o Escritório de Estatísticas Nacionais.

“Levamos a questão da diferença salarial entre gêneros a sério e damos as boas-vindas à ação do governo para forçar todas as grandes empresas britânicas a divulgarem seus números”, afirmou o FT em declaração enviada por e-mail.

“Temos uma divisão 50/50 entre homens e mulheres no nosso mercado de trabalho e há mais mulheres do que nunca em cargos importantes na redação e nas equipes comerciais. Temos uma longa lista de iniciativas em andamento para promover esse progresso.”

O FT afirmou que divulgará informações sobre a questão salarial entre gêneros “no devido tempo, em consonância com o cronograma do governo do Reino Unido”. A empresa afirmou que está em melhor situação em comparação com pares do setor.

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