Filosofia da Glencore impediria fusão, diz Rio Tinto
O CEO da Rio Tinto disse que a filosofia da Glencore Plc, focada no comércio, constituiria um impedimento para a fusão entre as mineradoras
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Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2014 às 22h13.
Londres -O CEO da Rio Tinto Group , Sam Walsh, disse que a filosofia da Glencore Plc, focada no comércio, constituiria um impedimento significativo para uma fusão entre as duas companhias mineradoras .
“Somos duas organizações totalmente diferentes”, disse Walsh em entrevista à Bloomberg Television em Londres. “Nós somos uma organização muito focada no longo prazo. A Glencore é uma trading company, o foco dela é de muito curto prazo. É uma filosofia muito diferente da nossa”.
A Rio Tinto rejeitou em julho uma aproximação da Glencore para fusionar as duas empresas e criar a maior companhia mineradora do mundo, com um valor de mercado combinado de cerca de US$ 150 bilhões. As origens da Rio Tinto datam de 1873, quando financiou a reabertura de antigas minas de cobre no Río Tinto (“rio vermelho”) da Espanha. A Glencore foi fundada pelo comerciante de commodities Marc Rich em 1974.
“As relações de longo prazo com governos, clientes, fornecedores e com os nossos funcionários são importantes para nós”, disse Walsh. “São parte dos nossos valores, da integridade na forma em que fazemos negócios”.
Um porta-voz da Glencore não quis comentar. A unidade de comércio da empresa se beneficia de suas relações com os clientes, que dão ao grupo uma inteligência do mercado incomparável, disse o CEO Ivan Glasenberg, em agosto.
A Glencore, que comercializa commodities como petróleo e algodão, além de extrair minerais, disse em outubro que já não estava analisando a possibilidade de realizar uma oferta pela Rio Tinto, o que efetivamente a proíbe de realizar outra oferta durante seis meses, conforme as leis de aquisições do Reino Unido.
Hedge funds
Uma fusão de ambas as empresas é quase inevitável, disse Ian Hannam, ex-negociador do JPMorgan Chase Co., a um grupo de cerca de vinte hedge funds em Londres no mês passado, segundo fontes do setor. A confiança em uma combinação está aumentando entre os investidores, segundo a Macquarie Group Ltd.
“No final das contas, é claro que ela será conduzida pelo valor, mas é preciso considerar esses atributos que descrevi no que tange ao modo em que eles geram valor”, disse Walsh. “Claramente, considerando isso, haverá muito o que verificar quanto ao nosso negócio e ao negócio deles”.
A questão de se a Rio Tinto está esperando uma nova aproximação da Glencore pode ser respondida melhor pelo presidente da empresa, Tony Hayward, disse Walsh.
A Rio Tinto reduziu mais de US$ 4 bilhões em custos desde o começo do ano passado e diminuiu a dívida em US$ 6 bilhões nos 12 meses até 30 de junho, disse ele.
Retornos maiores
Devido ao desmoronamento dos preços das commodities, dar mais dinheiro aos investidores é visto como parte da estratégia da Rio Tinto para reforçar o apoio dos detentores de títulos. Falando com investidores em Londres ontem, Walsh disse que ele conseguiu que o conselho da Rio Tinto se comprometesse na semana passada a aumentar os retornos no ano que vem. Segundo sua descrição, o aumento será “material” e sustentável.
A Rio Tinto pagou US$ 3,6 bilhões em dividendos no ano passado, frente a US$ 3,1 bilhões em 2012. O impulsionador fundamental dos lucros da empresa, o minério de ferro, perdeu quase a metade do valor neste ano, o que levou analistas da Macquarie e do JPMorgan a prever que talvez a Rio Tinto precise assumir mais dívidas para financiar seu dividendo no ano que vem.
“Desconfio que algumas surpresas estão reservadas para as pessoas em fevereiro e não posso me antecipar nisso”, disse Walsh, sorrindo. Ele não quis comentar se será necessário contrair dívidas para cobrir o dividendo planejado. “Tradicionalmente, tomamos essa decisão em fevereiro. Não vamos nos distrair. Vamos seguir nosso plano de jogo, não o dos outros”.
Tipo | Privada |
Controle | Brasileiro |
Vendas (em U$ milhões) | 32.660,3 |
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2 /15(Divulgação/Samarco)
Tipo | Privada |
Controle | Brasilo-Austral. |
Vendas (em U$ milhões) | 3.900,9 |
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3 /15(Divulgação/CBMM)
Tipo | Privada |
Controle | Brasileiro |
Vendas (em U$ milhões) | 1.817,9 |
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4 /15(Divulgação/Agência Vale)
Tipo | Privada |
Controle | Brasileiro |
Vendas (em U$ milhões) | 1.660,8 |
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5 /15(Germano Lüders/EXAME.com)
Tipo | Privada |
Controle | Brasileiro |
Vendas (em U$ milhões) | 1.104,1 |
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6 /15(Divulgação/Magnesita)
Tipo | Privada |
Controle | Brasileiro |
Vendas (em U$ milhões) | 1.004,5 |
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7 /15(Divulgação)
Tipo | Privada |
Controle | Brasileiro |
Vendas (em U$ milhões) | 879,2 |
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8 /15(Divulgação)
Tipo | Privada |
Controle | Brasileiro |
Vendas (em U$ milhões) | 794,7 |
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9 /15(Divulgação/ Vale)
Tipo | Privada |
Controle | Brasileiro |
Vendas (em U$ milhões) | 720,2 |
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10 /15(Ryan Pierse/Getty Images)
Tipo | Privada |
Controle | Australiano |
Vendas (em U$ milhões) | 709,9 |
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11 /15(Divulgação)
Tipo | Privada |
Controle | Canadense |
Vendas (em U$ milhões) | 694,6 |
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12 /15(Divulgação)
Tipo | Privada |
Controle | Canadense |
Vendas (em U$ milhões) | 648,9 |
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13 /15(André Valentim/EXAME.com)
Tipo | Privada |
Controle | Brasileiro |
Vendas (em U$ milhões) | 453,1 |
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14 /15(Germano Lüders/EXAME.com)
Tipo | Privada |
Controle | Inglês |
Vendas (em U$ milhões) | 345,5 |
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15 /15(Iugo Koyama/VEJA)
Tipo | Privada |
Controle | Brasileiro |
Vendas (em U$ milhões) | 339,4 |