Negócios

Fido Dido, Fiorucci, Pakalolo: como estão as marcas de roupas que bombavam nos anos 1990

Roupas coloridas, estampas de personagens e estilos ousados marcaram os looks dos brasileiros na última década do século 20

Fido Dido, Pakalolo e Fubu: três marcas que eram o sonho de consumo nos anos 1990 (Fido DIdo/Pakalolo/Fubu/Divulgação)

Fido Dido, Pakalolo e Fubu: três marcas que eram o sonho de consumo nos anos 1990 (Fido DIdo/Pakalolo/Fubu/Divulgação)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 17 de fevereiro de 2024 às 08h08.

Última atualização em 3 de junho de 2024 às 10h40.

Os anos 1990 foram uma década de moda marcada por uma explosão de cores, estilos ousados e ícones e personagens que se tornaram sinônimos da cultura da época. Entre as muitas tendências que moldaram a estética da década, as marcas de roupas desempenharam um papel crucial na definição do guarda-roupa da juventude da época. 

Nesta jornada nostálgica, vamos relembrar cinco marcas que não apenas estavam presentes, mas que dominavam as ruas -- e os desejos de consumo -- da galera, deixando uma marca na moda dos anos 1990.

Algumas delas, como a Fido Dido e a Bad Boy seguem funcionando até hoje. Outras, como a Pakalolo, desapareceram das prateleiras. Confira a história das empresas abaixo. 

Fido Dido

Criado em 1985 por Joana Ferrone e Sue Rose, o Fido Dido é um irreverente personagem de cabelo arrepiado que fez sucesso principalmente nos Estados Unidos e no Brasil. Em terras norte-americanas, ficou popular por ser licenciado pela PepsiCo. Por aqui, a licença, desde 1999, está com a Cativa Têxtil, que ainda produz a marca em Pomerode, Santa Catarina. Nas redes sociais, porém, não há atualizados desde meados do ano passado. 

M.Officer, Lee, Forum e Zoomp: como estão as marcas de calças jeans que bombavam nos anos 80 e 90

Fiorucci

A marca italiana virou até letra de música para a banda Mamonas Assassinas: “Comprei um Reebok e uma calça Fiorucci, ela não quer usar”. A Fiorucci foi um sucesso nos anos 1980 e início dos anos 1990, quando começou a definhar devido a má gestão do fundador Elio Fiorucci. Em 1990, foi adquirida pela empresa japonesa Edwin Co. No Brasil, a marca passou nos anos 1970 sob responsabilidade da Glória Kalil, e em 2006, quando teve peças importadas pelo grupo Supermarcas. Em 2017, a marca ensaiou um retorno comemorativo em função dos 50 anos da empresa, sendo comercializada em lojas dos Estados Unidos. 

Bad Boy

Fundado em 1982 em San Diego, na Califórnia, a Bad Boy rapidamente construiu um nome para sua marca, patrocinando atletas e eventos de surfe, skate e motocross. Mas foi nas artes marciais que ela se fixou. No início dos anos 1990, a Bad Boy patrocinou lutas de Jiu Jitsu e MMA. A operação segue no mercado até hoje. Aqui no Brasil, pelas redes sociais, tem mais de 100.000 seguidores e segue ativa com loja online. 

Kichute, Bamba, Rainha e Montreal: o que aconteceu com as marcas de tênis que bombaram nos anos 80

Pakalolo

As coloridas roupas da Pakalolo, fundada em 1987, faziam sucesso nos anos 1990. Reportagens da década mostram que a empresa chegou a abrir uma loja por semana, pelo modelo de franquia e também de lojas próprias. Em 1994, vendia 1,2 milhão de camisetas e 300.000 peças de banho durante o verão. A crise asiática, porém, impactou na produção das roupas, e o alto endividamento pela abertura de lojas impactou na operação, que foi descontinuando suas lojas. Em 2005, a marca foi adquirida pelo catarinense Marisol e voltou ao mercado em 2009, como franquia, mas foi novamente descontinuada.

Fubu

Fundada por Daymond John, a Fubu é uma grife de vestuário voltada à cultura hip hop que cresceu muito rapidamente nos subúrbios dos Estados Unidos e passou a ser exportada para diversos países, inclusive para o Brasil. No início dos anos 2000, o estoque abarrotado da marca nos Estados Unidos abalou a estrutura da empresa, que desapareceu das prateleiras. Em meados de 2020, a empresa voltou a aparecer nos circuitos norte-americanos.

Acompanhe tudo sobre:Roupasnostalgia

Mais de Negócios

A 'pandemia' de ansiedade movimenta este negócio milionário de chás e rituais para relaxar

O negócio dele resolve problemões na saúde e, de quebra, fatura milhões

Desenrola Pequenos Negócios: como PMEs podem renegociar dívidas com descontos de até 95%

CMR Surgical cresce e impulsiona cirurgia robótica na América Latina