Lucro da Fibria Celulose subiu 52 por cento no terceiro trimestre na comparação anual para 1,13 bilhão de reais (Ricardo Teles/Divulgação)
Reuters
Publicado em 24 de outubro de 2018 às 10h26.
São Paulo - O lucro da Fibria Celulose subiu 52 por cento no terceiro trimestre na comparação anual para 1,13 bilhão de reais, com um desempenho impulsionado pela receita líquida recorde no período, em meio ao aumento da produção e à depreciação do real frente ao dólar, informou a empresa nesta quarta-feira.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, também recorde, somou 3,269 bilhões de reais -- alta de 160 por cento em relação ao terceiro trimestre do ano passado. O resultado foi favorecido pela valorização de 25 por cento do dólar médio frente ao real, pelo aumento no volume de vendas e alta de 22 por cento do preço médio líquido em dólar da celulose, disse a empresa.
A margem Ebitda ajustada atingiu 63 por cento, excluindo as vendas de celulose provenientes da Klabin, ante 49 por cento no mesmo período do ano passado.
"A demanda permaneceu consistente ao longo do trimestre, o que minimizou os efeitos da tradicional sazonalidade deste período do ano, ao mesmo tempo em que os níveis de oferta permaneceram estáveis", disse a Fibria.
A empresa produziu um total de 1,809 milhão de toneladas de celulose, um aumento de 25 por cento em relação ao terceiro trimestre de 2017 e de 13 por cento em relação ao segundo trimestre deste ano, em função em parte do melhor desempenho da linha de produção de Horizonte 2. O volume de vendas totalizou 1,988 milhão de toneladas, alta de 35 por cento na comparação anual e de 12 por cento em relação ao trimestre anterior.
Ao mesmo tempo, o custo caixa de produção no trimestre recuou para 584 reais a tonelada, 13 por cento inferior ao registrado trimestre anterior e 4 por cento menor que no mesmo período do ano passado, em função majoritariamente da conclusão da curva de aprendizado da nova linha de produção Horizonte 2.
A Fibria, que está em processo de ser incorporada pela Suzano, encerrou o trimestre com posição de caixa de 2,155 bilhões de dólares e dívida líquida de 3,177 bilhões de dólares, 18 por cento inferior ao resultado do terceiro trimestre do ano passado.
Com isso, a relação dívida líquida/Ebitda encerrou o trimestre em 1,18 vez em dólar --menor nível desde a criação da empresa -- e 1,33 vez em reais.