Exame Logo

Fibria investirá R$ 7,7 bi em fábrica de celulose no MS

Essa será a primeira expansão de sua produção desde a criação da companhia, em 2009

Fábrica da Fibria em Três Lagoas: indústria ganhará capacidade adicional de 1,75 milhão de toneladas de celulose (Fabiano Accorsi/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2015 às 09h41.

São Paulo - Depois de meses de especulações, a Fibria , maior fabricante de celulose de fibra curta do mundo, anunciou nesta quinta-feira, 14, a primeira expansão de sua produção desde a criação da companhia, em 2009.

Fruto da união entre Aracruz e VCP, a Fibria trabalhou por mais de cinco anos na redução de seu endividamento.

Agora, volta a aumentar sua produção com a expansão da unidade de Três Lagoas (MS), que ganhará capacidade adicional de 1,75 milhão de toneladas de celulose. O investimento será de R$ 7,7 bilhões.

A decisão relativa à expansão veio pouco mais de um ano depois de a Fibria conquistar o grau de investimento da agência de classificação de risco Fitch.

A empresa, que chegou a ter endividamento superior a 5 vezes sua geração de caixa (medida pelo Ebitda - lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), conseguiu reduzir essa proporção à metade após uma série de medidas de cortes de custos.

A estratégia incluiu a venda de ativos industriais e florestais.

A melhoria dos indicadores foi percebida pelo mercado financeiro. Nos últimos 12 meses, o papel da companhia quase dobrou de valor na BM&FBovespa.

Hoje, a ação da Fibria fechou a R$ 43,39. A empresa encerrou 2014 no azul, com lucro de R$ 163 milhões.

No entanto, a fabricante de celulose teve prejuízo de R$ 566 milhões no primeiro trimestre, por causa do efeito da alta do dólar em sua dívida internacional.

Com a capacidade adicional da extensão da linha de produção de Três Lagoas, a ser concluída em três anos, a Fibria poderá produzir 7 milhões de toneladas de celulose de eucalipto ao ano, ampliando a distância em relação às concorrentes.

No exterior, a celulose brasileira é usada como matéria-prima para produzir, principalmente, papel higiênico.

O financiamento da expansão da fábrica será feita com o caixa da companhia e por uma série de financiamentos com instituições como o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), agências de crédito à exportação, mercado de capitais e bancos comerciais, informou a empresa em comunicado divulgado na noite de hoje.

No início desta semana, a diretoria da empresa esteve em Nova York apresentando seus números a investidores americanos.

Além de ter feito o dever dentro de casa, a decisão do conselho de administração da Fibria em aprovar a expansão em Três Lagoas está relacionada também ao bom ambiente para o produto no mercado externo.

"O mercado está bom, melhor do que esperávamos", diz o presidente de uma fábrica concorrente, referindo-se à alta nos preços neste ano.

"O problema vai ser equacionar toda essa celulose nova entrando no mercado ao mesmo tempo, em 2018, caso os dois projetos sejam mesmo concluídos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também

São Paulo - Depois de meses de especulações, a Fibria , maior fabricante de celulose de fibra curta do mundo, anunciou nesta quinta-feira, 14, a primeira expansão de sua produção desde a criação da companhia, em 2009.

Fruto da união entre Aracruz e VCP, a Fibria trabalhou por mais de cinco anos na redução de seu endividamento.

Agora, volta a aumentar sua produção com a expansão da unidade de Três Lagoas (MS), que ganhará capacidade adicional de 1,75 milhão de toneladas de celulose. O investimento será de R$ 7,7 bilhões.

A decisão relativa à expansão veio pouco mais de um ano depois de a Fibria conquistar o grau de investimento da agência de classificação de risco Fitch.

A empresa, que chegou a ter endividamento superior a 5 vezes sua geração de caixa (medida pelo Ebitda - lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), conseguiu reduzir essa proporção à metade após uma série de medidas de cortes de custos.

A estratégia incluiu a venda de ativos industriais e florestais.

A melhoria dos indicadores foi percebida pelo mercado financeiro. Nos últimos 12 meses, o papel da companhia quase dobrou de valor na BM&FBovespa.

Hoje, a ação da Fibria fechou a R$ 43,39. A empresa encerrou 2014 no azul, com lucro de R$ 163 milhões.

No entanto, a fabricante de celulose teve prejuízo de R$ 566 milhões no primeiro trimestre, por causa do efeito da alta do dólar em sua dívida internacional.

Com a capacidade adicional da extensão da linha de produção de Três Lagoas, a ser concluída em três anos, a Fibria poderá produzir 7 milhões de toneladas de celulose de eucalipto ao ano, ampliando a distância em relação às concorrentes.

No exterior, a celulose brasileira é usada como matéria-prima para produzir, principalmente, papel higiênico.

O financiamento da expansão da fábrica será feita com o caixa da companhia e por uma série de financiamentos com instituições como o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), agências de crédito à exportação, mercado de capitais e bancos comerciais, informou a empresa em comunicado divulgado na noite de hoje.

No início desta semana, a diretoria da empresa esteve em Nova York apresentando seus números a investidores americanos.

Além de ter feito o dever dentro de casa, a decisão do conselho de administração da Fibria em aprovar a expansão em Três Lagoas está relacionada também ao bom ambiente para o produto no mercado externo.

"O mercado está bom, melhor do que esperávamos", diz o presidente de uma fábrica concorrente, referindo-se à alta nos preços neste ano.

"O problema vai ser equacionar toda essa celulose nova entrando no mercado ao mesmo tempo, em 2018, caso os dois projetos sejam mesmo concluídos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Eldorado CeluloseEmpresasEmpresas abertasFibriaMadeiraPapel e Celulose

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame