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FI-FGTS adia decisão sobre aporte de R$ 1 bilhão na Energimp

O colegiado se reuniu nesta quarta-feira, 6, mas não chegou a um consenso para dar o primeiro sinal verde para a operação


	Impsa: com o aporte, o FI-FGTS - que tem atualmente 45% da empresa - seria o controlador da companhia
 (Wikimedia Commons)

Impsa: com o aporte, o FI-FGTS - que tem atualmente 45% da empresa - seria o controlador da companhia (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2016 às 17h43.

Brasília - O comitê de investimento do FI-FGTS, fundo que usa parte do FGTS para aplicar em infraestrutura, adiou a decisão de permitir que a Caixa estude a liberação de R$ 1 bilhão para a Energimp, geradora de energia do grupo argentino Impsa. 

O colegiado, formado por representantes do governo, dos trabalhadores e dos empregadores, se reuniu nesta quarta-feira, 6, mas não chegou a um consenso para dar o primeiro sinal verde para a operação.

Com o aporte, o FI-FGTS - que tem atualmente 45% da empresa - seria o controlador da companhia. A participação dos argentinos cairia para 15%.

O jornal "O Estado de S. Paulo" apurou que o assunto foi suspenso para se avance nas negociações com os credores da encrencada Wind Power Energia (WPE), a outra empresa do grupo por meio da qual a Impsa fez os investimentos na Energimp, e com os fornecedores dos geradores.

Em 2010, o fundo desembolsou R$ 500 milhões para ter 45% de participação na companhia de capital fechado, que tem parques eólicas no Ceará e em Santa Catarina. Segundo o último dado disponível, as ações do fundo na empresa somam R$ 460 milhões.

A entrada do fundo tinha o objetivo de dar fôlego para o ambicioso plano de investimento do grupo argentino no Brasil.

Com a derrocada da Impsa, que chegou a declarar calote à Comisión Nacional de Valores (CNV, equivalente à CVM), o FI-FGTS orquestra, há um ano, uma solução para tirar o controle acionário da Energimp das mãos dos argentinos.

O saldo negativo que a WPE reconheceu junto aos bancos chegou a quase R$ 650 milhões.

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