Ferrovia investe para melhorar a eficiência
Um trecho de 100 dos 356 quilômetros da Ferrovia do Aço, operada pela MRS, funciona desde junho com um sistema de CBTC, o mais moderno para controle dos trens
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 08h25.
Rio - A deslumbrante paisagem da Ferrovia do Aço, importante corredor logístico do País, esconde uma revolução tecnológica. Um trecho de 100 dos 356 quilômetros da ferrovia , operada pela MRS Logística, funciona desde junho com um sistema de CBTC - o mais moderno para o controle de trens, usado nos metrôs. A MRS é a primeira empresa ferroviária de carga do mundo a usar o sistema.
A implantação começou com a modernização do centro de controle da companhia, em Juiz de Fora (MG). Paralelamente, o projeto incluiu a troca da sinalização nas vias e passou também pela compra de 90 locomotivas da GE, em 2011.
No total, R$ 1,5 bilhão de investimentos no ciclo 2010-2013, dos quais faltam aplicar R$ 170 milhões, segundo o presidente da MRS, Eduardo Parente.
O objetivo é transportar mais carga com a mesma infraestrutura. Um trem típico de carga pesada (minério de ferro, carvão e coque) da MRS leva 134 vagões, com duas ou quatro locomotivas. No fim de novembro, a equipe do jornal O Estado de S.Paulo percorreu um trecho num trem de 1.509 metros de comprimento, pesando 16 mil toneladas.
Num ano, um trem como esse carrega 1,5 milhão de toneladas. A gente começou a colocar mais trens na malha e esse 1,5 milhão não estava vindo. Como tinha um gargalo grande ali, gerou um engarrafamento e todo mundo começou a andar mais devagar, afirma Parente.
O CBTC amplia a capacidade de transporte porque integra, com comunicação via radiofrequência, dados da locomotiva, do sistema de sinalização e do centro de controle. As locomotivas passam a conversar entre si. Duzentos dos 2 mil maquinistas da MRS foram treinados no novo sistema, importado dos Estados Unidos, e 330 das cerca de 800 locomotivas já receberam o equipamento de bordo.
Com a modernização da sinalização e do centro de controle, a MRS reduziu a distância média entre as composições de 9 km para 3 km - com 16 mil toneladas de peso e podendo chegar a 60 km/hora de velocidade, um trem de carga pode precisar de 1 km para frear totalmente.
Construção civil
Embora esteja no setor industrial, a MVC Soluções em Plásticos, parceria da Artecola com a Marcopolo, conseguiu dar um salto de produtividade investindo em gestão, não apenas em equipamentos.
A empresa começou suas atividades em 2001, fazendo componentes de plástico para a indústria automotiva. O novo modelo foi implantado no segmento de construção civil, onde atua há oito anos, fazendo painéis pré-moldados para a construção de casas e escolas.
Segundo o diretor-geral da MVC, Gilmar Lima, o ganho veio com um novo processo produtivo, para substituição de estruturas metálicas nos painéis. Isso exigiu investimento em maquinário, trazido dos EUA, mas a inovação no processo fez a diferença. O resultado foi dar mais rapidez à produção.
Uma escola que eu levaria seis meses para fazer estou fazendo em quatro meses, diz Lima. A empresa ganhou uma licitação para construir 1,7 mil escolas em nove Estados, num projeto do Ministério da Educação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Rio - A deslumbrante paisagem da Ferrovia do Aço, importante corredor logístico do País, esconde uma revolução tecnológica. Um trecho de 100 dos 356 quilômetros da ferrovia , operada pela MRS Logística, funciona desde junho com um sistema de CBTC - o mais moderno para o controle de trens, usado nos metrôs. A MRS é a primeira empresa ferroviária de carga do mundo a usar o sistema.
A implantação começou com a modernização do centro de controle da companhia, em Juiz de Fora (MG). Paralelamente, o projeto incluiu a troca da sinalização nas vias e passou também pela compra de 90 locomotivas da GE, em 2011.
No total, R$ 1,5 bilhão de investimentos no ciclo 2010-2013, dos quais faltam aplicar R$ 170 milhões, segundo o presidente da MRS, Eduardo Parente.
O objetivo é transportar mais carga com a mesma infraestrutura. Um trem típico de carga pesada (minério de ferro, carvão e coque) da MRS leva 134 vagões, com duas ou quatro locomotivas. No fim de novembro, a equipe do jornal O Estado de S.Paulo percorreu um trecho num trem de 1.509 metros de comprimento, pesando 16 mil toneladas.
Num ano, um trem como esse carrega 1,5 milhão de toneladas. A gente começou a colocar mais trens na malha e esse 1,5 milhão não estava vindo. Como tinha um gargalo grande ali, gerou um engarrafamento e todo mundo começou a andar mais devagar, afirma Parente.
O CBTC amplia a capacidade de transporte porque integra, com comunicação via radiofrequência, dados da locomotiva, do sistema de sinalização e do centro de controle. As locomotivas passam a conversar entre si. Duzentos dos 2 mil maquinistas da MRS foram treinados no novo sistema, importado dos Estados Unidos, e 330 das cerca de 800 locomotivas já receberam o equipamento de bordo.
Com a modernização da sinalização e do centro de controle, a MRS reduziu a distância média entre as composições de 9 km para 3 km - com 16 mil toneladas de peso e podendo chegar a 60 km/hora de velocidade, um trem de carga pode precisar de 1 km para frear totalmente.
Construção civil
Embora esteja no setor industrial, a MVC Soluções em Plásticos, parceria da Artecola com a Marcopolo, conseguiu dar um salto de produtividade investindo em gestão, não apenas em equipamentos.
A empresa começou suas atividades em 2001, fazendo componentes de plástico para a indústria automotiva. O novo modelo foi implantado no segmento de construção civil, onde atua há oito anos, fazendo painéis pré-moldados para a construção de casas e escolas.
Segundo o diretor-geral da MVC, Gilmar Lima, o ganho veio com um novo processo produtivo, para substituição de estruturas metálicas nos painéis. Isso exigiu investimento em maquinário, trazido dos EUA, mas a inovação no processo fez a diferença. O resultado foi dar mais rapidez à produção.
Uma escola que eu levaria seis meses para fazer estou fazendo em quatro meses, diz Lima. A empresa ganhou uma licitação para construir 1,7 mil escolas em nove Estados, num projeto do Ministério da Educação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.