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Família Espírito Santo propõe substituto para CEO do BES

Família fundadora do banco indicou que seu patriarca Ricardo Espirito Santo Salgado precisa deixar o cargo


	Consumidor em um caixa automático de uma agência do Banco Espírito Santo (BES) em Lisboa
 (Mario Proenca/Bloomberg)

Consumidor em um caixa automático de uma agência do Banco Espírito Santo (BES) em Lisboa (Mario Proenca/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2014 às 17h21.

Lisboa - A família fundadora do Banco Espírito Santo indicou que seu patriarca Ricardo Espirito Santo Salgado precisa deixar o cargo de presidente-executivo do banco, propondo o diretor financeiro Amilcar Morais Pires como seu sucessor.

O banco disse em comunicado que a ESFG, a companhia que detém fatia de 25,05 por cento da família no BES, irá indicar Pires como substituto de Salgado na assembleia de acionistas marcada para 31 de julho.

Mais cedo, três fontes próximas ao tema disseram que o Banco de Portugal pressionou pela saída de Salgado depois da descoberta de irregularidades financeiras na holding que detém uma fatia no BES.

O regulador dos mercados portugueses, a CMVM, que suspendeu a negociação das ações do banco na sexta-feira de manhã depois de notícias da saída de Salgado, reabriu as negociações das ações às 13h30 GMT (11h30 de Brasília). Os papéis caíram 3,6 por cento às 15h00 GMT.

Uma fonte próxima ao tema disse que todo o Conselho do BES irá cair em breve e os acionistas serão requisitados a aprovar um novo Conselho, um novo presidente-executivo e um diretor financeiro na assembleia de julho.

A governança do banco tem sido alvo de intenso escrutínio desde que reguladores descobriram que clientes varejistas do BES compraram bônus que foram usados para financiar as atividades de uma companhia ligada à família Espírito Santo.

A família fundadora do banco, que começou como uma casa de câmbio em 1869, perdeu controle da instituição depois do aumento de capital de 1,4 bilhão de dólares da semana passada, mas ainda é a principal acionista.

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