Falta de transparência na conta de luz pode custar até 50% a mais para as empresas
Além da migração para o mercado livre de energia, as companhias podem contar com a ajuda da tecnologia e da análise de dados para mapear outras oportunidades de economia
EXAME Solutions
Publicado em 2 de outubro de 2024 às 11h00.
Última atualização em 2 de outubro de 2024 às 15h38.
Desde janeiro deste ano, qualquer empresa conectada à rede de média e alta tensão — em geral, com gastos a partir de R$ 7 mil por mês na conta de luz — pode migrar para o Mercado Livre de Energia.
Entre as vantagens estão a liberdade de escolha do fornecedor, o recebimento de energia gerada a partir de fontes renováveis e a possibilidade de uma economia bastante considerável.
Mas o que nem todas as empresas sabem é que, além da migração, outras estratégias podem gerar uma redução de até 50% na conta de luz. É o que explica Vitor Piva, diretor da Erco Energy no Brasil, consultoria que tem como objetivo ajudar organizações a entenderem e a controlarem melhor seus gastos com energia elétrica.
“É muito comum que, ao iniciarmos conversas sobre a migração para o Mercado Livre de Energia com um cliente, a gente identifique que sua demanda está mal contratada ou que ele está pagando multas desnecessárias. Tudo isso torna sua conta mais cara”, diz Piva.
Segundo o executivo, por mais que as empresas tenham noção do que gastam por mês, nem sempre elas compreendem tudo o que está sendo cobrado. “Podemos atribuir isso à complexidade da conta, ou à falta de suporte da distribuidora e do regulador.”
Economia na conta de luz
Para resolver esse problema, a Erco oferece uma plataforma que ajuda mais de 3.500 clientes pela América Latina a economizar a partir de soluções que vão além da contratação de energia mais barata, como intervenções de eficiência energética, alteração da modalidade tarifária ou mesmo da demanda contratada.
Um desses clientes é a Casa Victoriana, fabricante de pães artesanais, que viu sua conta de energia cair 25% após a migração para o Mercado Livre de Energia. A companhia também pode comprovar hoje, por meio de certificação, a origem renovável da energia que chega à sua fábrica em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo.
“Além da migração, que trouxe economia na tarifa e mais sustentabilidade para o negócio, o sistema de gestão da Erco identificou outros custos que podíamos evitar. Esses ajustes permitiram que a nossa produção crescesse, sem que tivéssemos que aumentar um custo que tem um impacto significativo para o nosso negócio”, diz Ricardo Manente, diretor da Casa Victoriana.
Na prática, o que a Erco faz é lançar mão de muita tecnologia e análise dados para que seus consultores possam orientar as empresas sempre que surge uma oportunidade de redução de custos. Do outro lado, o cliente tem à disposição uma plataforma que analisa, mês a mês, o que está sendo economizado, e permite cotar contratos de energia com diferentes fornecedores.
“Se a troca do fornecedor local por um novo já traz, por si só, uma economia superior a 20%, outros ajustes podem elevar essa redução para até 50% sem nenhum investimento. Por isso, a consultoria em energia é um diferencial que as empresas devem considerar no momento da escolha de quem conduzirá sua migração ao mercado livre”, destaca Piva.
A Erco está presente em diversos países da América Latina e já atendeu mais de 3.500 clientes com alguma de suas soluções, que vão desde a geração e comercialização até a condução de projetos de eficiência de energia.
A empresa tem como acionistas o Norfund, fundo de desenvolvimento do governo Norueguês e a EPM Ventures, braço de investimentos da EPM, maior gerador de energia da Colômbia, que apostam em projetos de impacto positivo para a economia e o planeta.