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Facebook pode comprar BlackBerry, diz jornal

A RIM estaria estudando dividir seu negócio em dois e vender a parte dos smartphones BlackBerry ao Facebook ou à Amazon, diz o jornal britânico Sunday Times

A participação da linha BlackBerry no mercado caiu à metade em um ano (Scott Olson/Getty Images)

Maurício Grego

Publicado em 25 de junho de 2012 às 15h20.

São Paulo — A Research in Motion (RIM), fabricante dos smartphones BlackBerry, estaria considerando dividir seu negócio em dois. A empresa canadense ficaria apenas com os serviços corporativos de mensagens e gerenciamento de smartphones. A parte de fornecimento de smartphone e tablets seria vendida.

A notícia foi dada pelo jornal britânico Sunday Times (acesso somente a assinantes), que não cita fontes. O jornal diz que a Amazon e o Facebook estariam entre os potenciais compradores. Diz, ainda, que outra opção avaliada pela empresa seria vender uma grande participação a um sócio, que poderia ser a Microsoft .

A história não surpreende em vista das dificuldades que a empresa canadense vem enfrentando. Segundo o Gartner Group, a linha BlackBerry terminou o terceiro trimestre deste ano com participação de 6,9% no mercado mundial de smartphones . É pouco mais da metade dos 13% que a RIM tinha um ano antes.

Apesar da queda acentuada, a empresa ainda vendeu quase 10 milhões de smartphones no primeiro trimestre. Isso é mais que o triplo da quantidade de celulares com Windows Phone vendidos nesse período. Logo, o volume de vendas da RIM é significativo. Mas a empresa tem outras fraquezas.


Seus produtos são pouco atraentes para o consumidor. Historicamente, eles sempre agradaram às empresas. Mas, agora, iPhone e Android também estão presentes nelas, invadindo o território tradicional do BlackBerry. Com o negócio em baixa, a RIM tem registrado seguidos prejuízos.

A RIM enviou, a EXAME.com, uma declaração oficial sobre a questão. A empresa não comenta a notícia do Sunday Times, mas diz que considera várias possibilidades para se recuperar: “A RIM contratou consultores para ajudar a companhia a examinar maneiras de alavancar a plataforma BlackBerry por meio de parcerias, oportunidades de licenciamento e modelos de negócios alternativos e estratégicos. Como Thorsten afirmou na conferência de lucros do quarto trimestre, ‘Acreditamos que a melhor maneira de oferecer valor a nossos acionistas é executar nosso plano para que a companhia se reinvente.’ Isso continua sendo verdade”.

A declaração oficial não traz novidades. A RIM já havia divulgado, em maio, que estava contratando os banco JP Morgan e RBC para ajudá-la a encontrar algum caminho para sair da crise. Parte das esperanças da empresa estão no BlackBerry 10, nova versão de seu sistema operacional para smartphones, que está em fase de testes. Espera-se que chegue ao mercado antes do fim do ano.

(Texto atualizado em 25/06/2012; 15:20)

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São Paulo — A Research in Motion (RIM), fabricante dos smartphones BlackBerry, estaria considerando dividir seu negócio em dois. A empresa canadense ficaria apenas com os serviços corporativos de mensagens e gerenciamento de smartphones. A parte de fornecimento de smartphone e tablets seria vendida.

A notícia foi dada pelo jornal britânico Sunday Times (acesso somente a assinantes), que não cita fontes. O jornal diz que a Amazon e o Facebook estariam entre os potenciais compradores. Diz, ainda, que outra opção avaliada pela empresa seria vender uma grande participação a um sócio, que poderia ser a Microsoft .

A história não surpreende em vista das dificuldades que a empresa canadense vem enfrentando. Segundo o Gartner Group, a linha BlackBerry terminou o terceiro trimestre deste ano com participação de 6,9% no mercado mundial de smartphones . É pouco mais da metade dos 13% que a RIM tinha um ano antes.

Apesar da queda acentuada, a empresa ainda vendeu quase 10 milhões de smartphones no primeiro trimestre. Isso é mais que o triplo da quantidade de celulares com Windows Phone vendidos nesse período. Logo, o volume de vendas da RIM é significativo. Mas a empresa tem outras fraquezas.


Seus produtos são pouco atraentes para o consumidor. Historicamente, eles sempre agradaram às empresas. Mas, agora, iPhone e Android também estão presentes nelas, invadindo o território tradicional do BlackBerry. Com o negócio em baixa, a RIM tem registrado seguidos prejuízos.

A RIM enviou, a EXAME.com, uma declaração oficial sobre a questão. A empresa não comenta a notícia do Sunday Times, mas diz que considera várias possibilidades para se recuperar: “A RIM contratou consultores para ajudar a companhia a examinar maneiras de alavancar a plataforma BlackBerry por meio de parcerias, oportunidades de licenciamento e modelos de negócios alternativos e estratégicos. Como Thorsten afirmou na conferência de lucros do quarto trimestre, ‘Acreditamos que a melhor maneira de oferecer valor a nossos acionistas é executar nosso plano para que a companhia se reinvente.’ Isso continua sendo verdade”.

A declaração oficial não traz novidades. A RIM já havia divulgado, em maio, que estava contratando os banco JP Morgan e RBC para ajudá-la a encontrar algum caminho para sair da crise. Parte das esperanças da empresa estão no BlackBerry 10, nova versão de seu sistema operacional para smartphones, que está em fase de testes. Espera-se que chegue ao mercado antes do fim do ano.

(Texto atualizado em 25/06/2012; 15:20)

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