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Facebook contratará 3 mil funcionários contra conteúdos violentos

Estes 3.000 novos funcionários aumentarão em dois terços o tamanho da equipe de operações do Facebook, que atualmente é de 4.500

Mark Zuckerberg: o anúncio foi feito depois de várias de tragédias transmitidas no Facebook que comoveram os internautas (Justin Sullivan/Getty Images)

Mark Zuckerberg: o anúncio foi feito depois de várias de tragédias transmitidas no Facebook que comoveram os internautas (Justin Sullivan/Getty Images)

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AFP

Publicado em 3 de maio de 2017 às 22h20.

Última atualização em 3 de maio de 2017 às 22h21.

O Facebook contratará 3.000 pessoas para remover conteúdos violentos, anunciou na quarta-feira o fundador e presidente da empresa, Mark Zuckerberg, após a rede social ter sido utilizada para transmitir vários assassinatos e suicídios ao vivo.

"Para construir uma comunidade segura, temos que reagir rapidamente", seja "respondendo alguém que precisa de ajuda ou eliminando uma publicação", escreveu Zuckerberg na sua página de Facebook.

Estes 3.000 novos funcionários aumentarão em dois terços o tamanho da equipe de operações do Facebook, que atualmente é de 4.500.

O anúncio foi feito depois de várias de tragédias transmitidas no Facebook que comoveram os internautas.

Há uma semana, um tailandês matou sua filha de 11 meses e transmitiu o crime ao vivo no Facebook Live, antes de se suicidar, também diante da câmera, gerando ondas de críticas contra os meios que difundiram as imagens.

Na semana anterior, um americano transmitiu no Facebook o assassinato de um idoso escolhido aleatoriamente, e se suicidou depois de três dias de perseguição policial.

Mark Zuckerberg disse que decidiu agir depois destes casos "atrozes" nos que "vemos no Facebook pessoas machucando a si próprias e a outras".

Estas pessoas encarregadas de controlar as publicações da rede social "ajudarão a eliminar melhor os conteúdos que não são autorizados no Facebook, como os discursos de ódio e a exploração infantil", disse.

"E continuaremos trabalhando com as comunidades locais e a polícia, que estão em uma posição melhor para ajudar as pessoas que necessitem - seja porque estão prestes a se machucar ou porque foram colocados em perigo por outros", acrescentou.

A rede social foi criticada por demorar a reagir a estas situações, e alguns sugeriram a desativação do Facebook Live, uma função que até agora foi estratégica no desenvolvimento da empresa.

Zuckerberg disse que a rede social está trabalhando em tecnologias capazes de identificar conteúdos violentos e que já conseguiram alguns avanços.

"Na semana passada, recebemos a informação de que alguém no Live estava considerando o suicídio", disse.

"Imediatamente, entramos em contato com a polícia, e eles foram capazes de evitar que ele se machucasse. Nos outros casos, não fomos tão afortunados", acrescentou.

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