Negócios

Executivos estão mais deprimidos que desesperados em salão

No último salão do automóvel de Frankfurt em 2011, a grande história não era sobre carros, mas sobre a crise da zona do euro, neste ano a cautela permanece


	Caminhões estacionados na Fiat: Peugeot e Fiat, companhias com mais problemas, reduziram os gastos de desenvolvimento de produto a tal ponto que têm poucas novidades para mostrar
 (Michele DOttavio/Bloomberg)

Caminhões estacionados na Fiat: Peugeot e Fiat, companhias com mais problemas, reduziram os gastos de desenvolvimento de produto a tal ponto que têm poucas novidades para mostrar (Michele DOttavio/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 09h16.

Frankfurt - No último salão do automóvel de Frankfurt em 2011, a grande história não era sobre carros, mas sobre a crise da zona do euro e, especificamente, sobre como as montadoras do continente poderiam sobreviver.

Neste ano, a crise está diminuindo, mas a cautela permanece. Num momento em que as vendas continuam fracas, especialmente no sul da Europa, os novos modelos mais interessantes não são veículos esportivos ou de luxo, mas carros de família e práticos.

A francesa Peugeot e a italiana Fiat, companhias com mais problemas, reduziram os gastos de desenvolvimento de produto a tal ponto que têm poucas novidades para mostrar.

Mas designs de ponta também são poucos e esparsos nos estandes, até mesmo entre líderes de mercado, como a Volkswagen.

Como um barômetro da economia da Europa, a atmosfera do salão melhorou em dois anos --de desesperada para deprimida--, enquanto as atitudes dos principais executivos da indústria automotiva da Europa refletem muito da ambivalência do mercado.

"Talvez um pouco de otimismo se justifique", disse Trevor Mann, vice-presidente executivo da Nissan Motor. "Mas acho que a recuperação será lenta em geral e não devemos ter excesso de entusiasmo." Alfredo Altavilla, presidente-executivo da Fiat para Europa, Oriente Médio e África, acrescentou: "A verdadeira resposta é que ninguém tem qualquer visibilidade para além do trimestre. A tendência é de estabilização, (mas) é muito cedo para dizer que ela está pegando." A Fiat apresentou uma versão do veículo multi-propósito Fiat 500L para sete lugares. Mesmo a Ferrari mostrou apenas uma versão ligeiramente mais potente da 458 para servir de âncora ao estande do grupo italiano no salão.

Já Karl-Thomas Neumann, contratado este ano para presidir a GM Europa, soou cautelosamente otimista. "Nós vimos a primeira pequena luz no fim do túnel", disse. "Ninguém aqui está esperando que maravilhas aconteçam, mas estou relativamente confiante de que já atingimos o fundo (do poço)." A Renault apresentou os conceitos Dezir e R-Space, a Audi exibiu o esportivo Nanuk Quattro e a Opel mostrou o Monza. Enquanto isso, a Volkswagen prefiriu mostrar a crescente variedade de veículos elétricos da marca, do eUp! ao eGolf. Já a Ford exibiu o conceito da próxima geração do crossover S-Max que planeja produzir na Espanha no início d 2015.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaCarrosCrise econômicaEmpresasEmpresas francesasEmpresas italianasFiatMontadorasPeugeotPeugeot CitroënVeículosZona do Euro

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia