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Executivos da Tepco enfrentam revolta de acionistas

O acidente nuclear de 11 de março em Fukushima representou um prejuízo histórico para a Tepco de 1,247 trilhão de ienes

Militantes protestam com cartazes onde se lê um acróstico com o nome da Tepco, a 'pior empresa poluente de todos os tempos' (Yoshikazu Tsuno/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 20h07.

Tóquio, Japão - Os executivos da Tokyo Electric Power (Tepco) enfrentaram nesta terça-feira a revolta dos acionistas da empresa em uma assembleia geral tumultuada após o acidente nuclear de Fukushima.

Gritos, pedidos de renúncia do presidente e pela paralisação do reatores nucleares ainda em funcionamento transformaram um grande hotel de Tóquio, que recebeu quase 9.000 acionistas, em uma arena.

"Nós somos os acionistas, nós confiamos a vocês nosso dinheiro. Fukushima, Japão e o mundo não poderão voltar a ser como antes do acidente. Não confiou em vocês", afirmou uma acionista, chorando, ao presidente de honra da Tepco, Tsunehisa Katsumata.

O acidente nuclear de 11 de março na central Fukushima Daiichi (220 km ao nordeste de Tóquio), o mais grave desde o de Chernobyl (Ucrânia) em 1986, representou um prejuízo líquido histórico para a Tepco, de 1,247 trilhão de ienes (mais de 15 bilhões de dólares), no ano fiscal de 1 de abril de 2010 a 31 de março de 2011.

O valor da ação da empresa caiu 85% desde então, o que arrasou os pequenos acionistas de classe média, numerosos entre os 933.000 acionistas do grupo.

Considerada uma empresa bem administrada até o acidente, a Tepco teve seus títulos rebaixados à categoria especulativa pelas agências Moody's e Standard & Poor's.

Uma resolução apresentada por 400 acionistas pede à empresa o fim imediato da exploração da energia nuclear.

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Gritos, pedidos de renúncia do presidente e pela paralisação do reatores nucleares ainda em funcionamento transformaram um grande hotel de Tóquio, que recebeu quase 9.000 acionistas, em uma arena.

"Nós somos os acionistas, nós confiamos a vocês nosso dinheiro. Fukushima, Japão e o mundo não poderão voltar a ser como antes do acidente. Não confiou em vocês", afirmou uma acionista, chorando, ao presidente de honra da Tepco, Tsunehisa Katsumata.

O acidente nuclear de 11 de março na central Fukushima Daiichi (220 km ao nordeste de Tóquio), o mais grave desde o de Chernobyl (Ucrânia) em 1986, representou um prejuízo líquido histórico para a Tepco, de 1,247 trilhão de ienes (mais de 15 bilhões de dólares), no ano fiscal de 1 de abril de 2010 a 31 de março de 2011.

O valor da ação da empresa caiu 85% desde então, o que arrasou os pequenos acionistas de classe média, numerosos entre os 933.000 acionistas do grupo.

Considerada uma empresa bem administrada até o acidente, a Tepco teve seus títulos rebaixados à categoria especulativa pelas agências Moody's e Standard & Poor's.

Uma resolução apresentada por 400 acionistas pede à empresa o fim imediato da exploração da energia nuclear.

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