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Holding do BTG adquire 50% da farmácia Rosário Distrital

Compra de participação na maior rede do Centro-oeste, coloca a BR Pharma, do banqueiro André Esteves, entre as cinco maiores do país

Loja da Farmais em São Paulo, também do BTG: após a aquisição, a holding do BTG passa a ter 510 lojas e faturamento de 1,3 bilhão de reais

Loja da Farmais em São Paulo, também do BTG: após a aquisição, a holding do BTG passa a ter 510 lojas e faturamento de 1,3 bilhão de reais

DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 17h01.

São Paulo - A BR Pharma, holding de farmácias do banco BTG Pactual, fechou na noite de sábado a compra de 50% da rede brasiliense Rosário Distrital, maior empresa do setor no Centro-oeste e 15ª no ranking de vendas no país, com faturamento de 400 milhões de reais e 80 lojas no Distrito Federal e Goiânia. A aquisição, a terceira feita pela holding em 11 meses, dá sequência à estratégia do grupo comandado pelo banqueiro André Esteves de formar a maior rede de farmácias do país até o final de 2011. No negócio, cujo valor as empresas não revelam, a BR Pharma irá compartilhar o controle da rede com os antigos donos, os empresários Álvaro Silveira e Felipe Faria, que fizeram a fusão das drogarias Rosário e Distrital em outubro do ano passado.</p>

Após a aquisição, a holding do BTG passa a ter 510 lojas e faturamento de 1,3 bilhão de reais, o que a faz avançar da 8ª para a 5ª posição no ranking das maiores redes do país. Também integram a BR Pharma a franquia paulista de farmácias Farmais, adquirida em setembro do ano passado, e 30 unidades da pernambucana Farmácia dos Pobres, compradas em maio. "Até o final do ano devemos fechar a compra de pelo menos mais duas redes", afirma André Sá, sócio do BTG responsável pela BR Pharma.

A aproximação entre as empresas ocorreu em fevereiro após um encontro dos donos da Rosário Distrital e Sá, que nos últimos seis meses visitou farmácias em todo país a fim de estudar aquisições para a BR Pharma. O executivo passou a última semana em Brasília acertando os detalhes do negócio, que acabou sendo fechado no sábado no escritório da Rosário Distrital. "A operação continuará sendo tocada pelos antigos donos e as marcas serão mantidas. Caberá a nós cuidar da parte financeira do negócio", afirma Sá. De acordo com ele, todo o dinheiro aportado pela holding será usado dentro da operação. "Vamos abrir 30 lojas no interior de Goiás dentro de um ano. Depois, a intenção é expandir para Mato Grosso e Mato Grosso do Sul".

O varejo de medicamentos no país, que dobrou de tamanho nos últimos cinco anos para 32 bilhões de reais, está em pleno processo de consolidação. No final de junho, a Drogaria São Paulo adquiriu a paulista Drogão e se tornou a maior rede do país em vendas, com faturamento de 2,5 bilhões de reais e 320 lojas. A própria fusão entre Rosário e Distrital, no ano passado, foi uma resposta à chegada em sua região de redes como a Drogasil, que havia adquirido a brasiliense Vison em 2008.

A criação de uma holding de redes de farmácias é o maior investimento da divisão de mercahnt banking do BTG, na qual o banco aplica dinheiro próprio em negócios ligados à expansão do consumo interno. Cerca de 1 bilhão de reais devem ser investidos em aquisições pela BR Pharma para formar a maior rede de farmácias do país com presença em todas as regiões. Também estão inseridas na área de merchant banking, que é comandada pelo sócio Carlos Fonseca, as participações do BTG na rede de postos de combustível Derivados do Brasil, na montadora Mitsubishi, na rede de estacionamentos Estapar e na Rede D'Or de hospitais.
 

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